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Seixal é o primeiro concelho com hidrogénio verde na rede. António Costa ‘abriu’ a válvula

O Primeiro-ministro António Costa esteve na tarde desta terça-feira no Seixal, o primeiro concelho que contou com a inserção de hidrogénio verde numa rede de gás natural em Portugal.

A abertura do sistema de ligação à Estação de Mistura e Injeção do Seixal, localizada no Parque Industrial da Cucena, contou com a ‘ajuda’ de Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, e ao presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva.

No entanto, desde outubro de 2022 que o hidrogénio verde já está a abastecer um total de 81 habitações, fornecido pela Floene, através do «Green Pipeline Project», no qual o sistema de gás natural é composto por uma mistura de 95% de gás e 5% de hidrogénio.

Já nas instalações dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal, também na Cucena, o primeiro-ministro fez uso desta energia verde, ao acender um fogão alimentado pela mistura de hidrogénio verde com gás natural, onde foram depois confeccionados alguns petiscos servidos no cocktail aos presentes.

“Este projecto só foi possível devido à rede de parceiros, no qual a Câmara Municipal do Seixal esteve envolvida, com entusiasmo, desde a primeira hora”, assinalou o CEO da Floene, Gabriel Sousa.

“O momento em que o primeiro-ministro deu início à mistura de hidrogénio verde constituiu a Hora H da transição para a energia do futuro em Portugal, com elevado impacto na autossuficiência energética, no desenvolvimento económico, na redução da fatura energética e na preservação do ambiente” frisou ainda Gabriel Sousa.

O presidente da Câmara Municipal do Seixal aproveitou a presença do responsável político para agradecer “a segunda vez que vem ao concelho, e espero que venha mais vezes para inaugurar o Hospital no Seixal e a segunda fase do Metro Sul do Tejo”.

Acerca do momento vivenciado, frisou o crescimento populacional “assinalável do concelho, o que mais cresceu na Área Metropolitana de Lisboa”, e destacou os vários projectos municipais na área do ambiente e na redução dos gases com efeitos estufa.

Salientando também o crescimento do tecido empresarial no concelho “onde se localiza um quinto das empresas do distrito, cerca de 16 empresas com mais de 35 mil trabalhadores”, Paulo Silva relembrou que “foi uma das empresas aqui sedeadas, a Gestene, que sugeriu este projecto, que a autarquia apoiou desde o início, e do qual estamos orgulhosos de fazer parte”.

Na sua intervenção Diogo da Silveira, presidente da Floene, relembrou os vinte anos passados desde a implementação das energias renováveis “e é agora a vez dos gases renováveis, do electrão à molécula, que vão ter um papel chave no processo de descarbonização”.

Neste campo, considerou que “Portugal está em vantagem face a outros países, devido à elevada capacidade de produção de renováveis, ocupando o sétimo lugar a nível mundial em 2021, mas também por ter uma infraestrutura de distribuição de gás moderna, construída em polietileno, que permite estas alterações”.

Dia histórico vivido no Seixal’

Tanto o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, como o Primeiro-Ministro António Costa, consideraram este evento como “um dia histórico” e ambos centraram os discursos nos desafios colocados ao nível da energia com a guerra na Ucrânia.  

Duarte Cordeiro relembrou “aprendemos a fazer outra gestão da energia, a poupar e a tomar decisões estratégicas para o futuro”, realçando que “optámos também por acelerar o projecto de produção de hidrogénio verde, um risco que fez sentido para um futuro sustentável”, e garantiu que o Governo pretende “antecipar em quatro anos a produção de energias por fontes renováveis”.

António Costa também sublinhou “a necessidade de todos os países conseguirem produzir a sua energia”, e as vantagens económicas “de não estarmos dependentes de outros países, bem como de diminuir as importações e até conseguir exportar”.

Portugal está na linha da frente da produção de energia renovável e este progresso irá permitir que fiquemos também na frente no que respeita aos gases renováveis. E isto irá mudar por completo o paradigma da energia em Portugal.”

O Primeiro-ministro recordou também que “em 2020 muita gente riu quando apresentámos o projecto de hidrogénio verde, e menos de três anos depois, aqui estamos a injectá-lo na rede”.


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