PalmelaReportagem

Rádio Popular FM completa 35 anos de existência

“A rádio está de parabéns porque 35 anos é uma vida. O percurso tem sido difícil, mas tem sido maravilhoso porque tem sido um percurso com muitos e muitos amigos ao longo destes anos. Faço parte deste percurso há cerca de vinte anos e tem sido maravilhoso.”

É desta forma que Susana Roldão, directora operacional e apresentadora de uma das mais antigas rádios do distrito de Setúbal ainda em emissão, descreve a história da Popular FM.

Sedeada no Pinhal Novo, Palmela, a Popular FM faz parte da vida de muitos e muitas pessoas que têm acompanhado ao longo dos anos vozes que ficaram bem conhecidas do mundo da rádio e do espectáculo.

“Temos conhecido pessoas fantásticas e temos dado apoio aos artistas, produtores e compositores portugueses, porque aqui na Popular FM defendemos e só passamos música portuguesa e de expressão portuguesa. E tem sido uma experiência magnifica porque constituímos uma família.”

Susana Roldão garante que “temos uma relação quase umbilical com os nossos ouvintes, que vai crescendo cada vez mais, com ouvintes que nos acompanham quase desde o início da rádio e temos diariamente pessoas que nos vão escutando e vão passando a ficar connosco.”

«Confinados na Rádio»

Com a pandemia de covid19 e o confinamento, muito mudou na vida de todos e a rádio não foi excepção, “e como em tudo, tivemos de nos reinventar, e felizmente na Popular FM estamos a ter uma experiência muito, muito agradável.

Neste confinamento entendemos que não podíamos deixar a rádio apenas a passar música, porque as pessoas precisam de nós e é para isso que as rádios locais existem, permitindo falar e interagir com as pessoas e para lhes fazer companhia.

Por isso criámos um programa especial «Confinados na Rádio», que acontece todos os dias das 16h00 às 20h00, feito por mim e um colega. É um programa de ‘palavra’ com pouca música, em que damos oportunidade aos artistas de conversarem connosco.”

A apresentadora afirma que a “experiência tem sido extremamente positiva e espectacular, porque todos os dias temos tido um feedback espectacular, e quase todos os dias temos artistas e ouvintes em antena, com quem brincamos, gargalhamos e interagimos, telefonicamente. Isto também é positivo para os artistas, muitos deles que estão a começar agora, a quem abrimos as portas e que assim continuam a ter a sua música divulgada.”

Além da divulgação da música, a rádio tem de alcançar ouvintes. “E temos conseguido essa ligação, como já referi. Estes adoram conversar connosco, ficam muito felizes por esses minutos de companhia, em que brincamos e esquecemos um pouco tudo o que de terrível se passa no mundo. E alguns desses ouvintes até já deixaram de ter essa denominação e passaram a ser ‘os nossos comentadores’, que participam como se estivessem no estúdio todos os dias. É esse o papel da rádio.”

«Antigamente as rádios tinham pessoas dentro, e hoje já não é bem assim»

Contudo, também este percurso “não tem sido fácil, sobretudo economicamente. Em vinte anos muita coisa mudou” e recorda “uma Popular FM com uma estrutura completamente diferente: com uma recepcionista, um departamento comercial, um departamento de informação com jornalistas, um técnico de som, com imensas pessoas a trabalharem e vários departamentos. Neste momento sou eu praticamente que faço isso tudo.”

Os tempos mudaram e agora “é praticamente de casa que preparo a programação, as playlists e venho à rádio para garantir a emissão. Teve de ser tudo reduzido porque não temos estrutura para manter os departamentos que já tivemos. Antigamente as rádios tinham pessoas dentro, e hoje já não é bem assim.”

Sobre o mais difícil de gerir a rádio, a resposta é rápida: “são as contas para pagar. É aquela parte de que não gosto nada. A publicidade neste momento, da qual vivíamos, está numa fase muito complicada, porque o comércio local está fechado e as médias empresas, assim como as instituições e câmaras municipais também não já apostam tanto nas rádios regionais como antigamente faziam.

É muito complicado, não tem sido nada fácil. Tivemos de nos reinventar para poder sobreviver e continuar com a porta aberta, por isso há que criar produtos diferentes, e é isso que temos feito durante estes últimos anos.”

Um desses ‘produtos’ é a «Noite Popular FM» “em que produzimos eventos e estamos presentes nas festas regionais, mas também essa área está agora suspensa devido à pandemia”, lamenta Susana Roldão.

“Mas continuamos aqui sempre com um sorriso e com muita força, porque tem de ser assim.”


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