Opinião

A direita democrática saiu à rua

Esta semana, um artigo de Pedro Guerreiro Cavaco

Foi no primeiro Sábado da Primavera de 2019 que a direita democrática saiu à rua para os lados de Belém. Sim, refiro-me à apresentação do Movimento 5.7 (Nascidos a 5 de Julho, numa alusão à AD que celebra os seus 40 anos).

Fui ao evento, convidado pelas minhas convicções políticas. O bom sol e a paisagem que o Tejo nos confere foram, de igual modo, convidativos.

Vi centenas de pessoas entusiasmadas com os discursos de Miguel Morgado, Carlos Guimarães Pinto (da iniciativa Liberal) e Cecília Meireles (do CDS), entusiasmo esse gerado pela ocupação de um espaço político há muito por preencher e que tanta falta fazia ao espectro político português.

Ficou claro ao que vêm e claro ficou com quem contam. No seu discurso (o qual elogiei por ser de improviso e com elevado substracto), Miguel Morgado disse clara e taxativamente que o Movimento 5.7 rejeita o socialismo estatista, do centralismo, da estagnação, da corrupção e das clientelas; e que contam com os liberais, com os conservadores, com os democratas cristãos e com… os sociais democratas não socialistas, uma ironia que lhe valeu uma enorme salva de palmas e muitos sorrisos, sendo uma “bicada” a Rui Rio.

Mas ao fim e ao cabo, o que pretende este Movimento? Foi entregue o manifesto cujo resumo procurarei escrever em brevíssimas linhas. Há uma linha argumentativa de uma direita que, como sabemos, atravessa uma crise quer política, quer cultural. O Movimento 5.7 pretende romper com o actual status quo, romper com a tutela cultural da esquerda e com a sua agenda, propor com arrojo, inteligência e alegria as vozes originais dos jovens, nas premissas da liberdade e da criatividade, da livre iniciativa económica com primazia à economia de mercado concorrencial, da valorização da mobilidade social, da igualdade perante a lei e da multiplicação de oportunidades, da defesa intransigente do regime democrático representativo, do Estado de Direito com separação de poderes, a crença de que é possível vencer a pobreza e reparar os extremos de desigualdade existentes, entre outras tantas, numa sociedade aberta ao mérito, ao trabalho, sem uniformismos, conformismos e imobilismos socialistas.

Eu sou – como costumo dizer – da ala direita do meu partido e, ver chegar este Movimento e, acima de tudo, vê-lo liderado pelo quadro mais arrojado, disciplinado e com a visão mais clarificada do que pretende para o futuro do país que emergiu no PSD nos últimos anos, fez-me ser e sentir um entusiasta mais que ali estavam, convictamente, no Espelho de Água.

Confesso que já há algum tempo perguntava ao Miguel Morgado quando seria a data do lançamento, pois estava claro para todos o vazio da ausência da direita democrática (política e culturalmente, como escrevi), e da magna importância deste Movimento como uma brisa fresca que soprou, por fim, nesta Primavera, na esperança de terminar com o longo Inverno socialista.

Pedro Guerreiro Cavaco

Escreve à Quinta-Feira e Sábado, alternadamente, e de acordo com a anterior ortografia

 

 

 


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