O projeto ‘AML Alimenta’ foi apresentado publicamente esta manhã, 12 de abril, na Biblioteca Municipal de Palmela, num evento que contou com a participação do secretário de estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, e do presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, além do presidente da ADEPES, Joaquim Carapeto, na sessão de abertura.
O AML Alimenta é um projeto desenvolvido no âmbito do Plano Nacional para a Alimentação Equilibrada e Sustentável da Rede Rural Nacional, que tem como objetivos a promoção da alimentação saudável e sustentável, a valorização da dieta mediterrânica e o combate ao desperdício alimentar na área metropolitana de Lisboa.
“A ADREPES acabou por aceitar este desafio, porque se enquadra no desenvolvimento dos territórios e das comunidades”, referiu Joaquim Carapeto.
“Não se trata de algo novo, uma vez que já tínhamos introduzido algumas matérias referentes à proximidade entre consumidores e produtores locais.”
Apesar dos aspectos positivos que destacou, Joaquim Carapeto mostrou-se também preocupado “devido à incerteza em que, neste quadro comunitário de apoio, ficam o desenvolvimento rural”.
Álvaro Amaro enalteceu vários aspectos e produtos da região de Palmela, como a maçã riscadinha e o morango, “e o vinho, que também integra a dieta mediterrânica”, e frisou que o projecto da AML “vem de encontro às nossas expectativas de desenvolvimento, sobretudo na produção agrícola, uma das que mais nos fala ao coração”.
Para o autarca, a região de Palmela é um exemplo “de um saber tradicional que se soube modernizar e atrair uma nova geração de quadros, com uma outra visão desta terra. No passado, houve quem falasse no mundo rural como sendo sub-desenvolvido, mas este é de facto a âncora do desenvolvimento.”
Álvaro Amaro aproveitou a presença do Secretário de Estado da Agricultura para solicitar deixar a proposta de que “o próximo grande mercado de abastecimento na margem sul seja implementado no concelho de Palmela, aproveitando a nossa centralidade e acessos às auto-estradas”, e também “para que sejam melhoradas as condições e os apoios para os nossos produtores”.
A actual situação geopolítica, após a pandemia, e a necessidade de uma aposta na proximidade, descentralização e produção própria, foram alguns dos pontos referidos por Gonçalo Rodrigues, que também se congratulou por estar presente “num dos momentos de maior satisfação para um governante, o arranque de um novo projecto”.
O Secretário de Estado garantiu também que “a ministra da Agricultura está muito entusiasmada com este projecto”, e destacou os principais aspectos nos quais este se baseia: “uma cadeia de produção de alimentos cada vez mais sustentável; estimular a produção local; criar cadeias curtas de abastecimento; valorizar todos os produtores de produtos da dieta mediterrânica, e a sensibilização de todos para a importância nutricional desta dieta”.
Para o governante “é importante promover o que é nosso, mas também inovar, e por isso a importância da agricultura biológica e o combate ao desperdício alimentar.
Temos de fazer este caminho juntos no território e com todas as pessoas.”
Os principais aspectos do ‘AML Alimenta’ foram apresentados ao público por Márcia Mendes, directora executiva da A2S – Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia.
O projeto ‘AML Alimenta’ resulta de uma parceria entre a Área Metropolitana de Lisboa, Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia e Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, e surge na sequência do trabalho desenvolvido na Rede de Parques Agroalimentares da AML, criada com mais de 30 parceiros, entre autarquias, agências da administração central, universidades, associações de promotores, cooperativas e ONG.
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