Saúde

Tempo de espera para doentes cardíacos e com cancros aumenta para lá do limite legal

Os tempos de espera previstos na lei para consultas e cirurgias de utentes com cancros e patologias cardíacas foram largamente ultrapassados nos hospitais públicos nos primeiros seis meses deste ano, indicam os resultados da mais recente monitorização realizada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), divulgada esta segunda-feira pelo jornal Público.

Segundo os dados, apesar de os hospitais públicos terem feito mais consultas e cirurgias oncológicas e de cardiologia no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período do ano passado, esse facto não foi suficiente para atenuar o volume das listas de espera, que continuam a crescer.

Actualizados em 2017 pelo então secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, estes prazos mínimos são curtos: um doente com cancro deve ser operado entre um máximo de 15, 45 ou 60 dias, consoante a gravidade. No caso das cirurgias cardíacas devem ser realizadas até 15 dias (as muito prioritárias), 45 dias (prioritárias) ou 90 dias (prioridade normal).

Do total de doentes com cancros operados entre Janeiro e Junho de 2022, cerca de um quarto aguardaram mais tempo do que o que está definido na lei para o seu nível de prioridade e em quase 30% das cirurgias de cardiologia não foram cumpridos os TMRG, sintetiza a entidade reguladora, citada pelo jornal.

Contactada pelo Público, a direcção executiva do SNS admite estar preocupada com a situação e adianta que está a estudar medidas para aumentar o acesso nestas áreas prioritárias já no primeiro semestre de 2023.


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