AlmadaAtualidade

SMZS considera ‘insustentável’ situação e pede demissão do Conselho de Administração do HGO

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) denuncia a grave gestão de recursos humanos conduzida, desde 2020, pelo Conselho de Administração (CA) e pela direção clínica do Hospital Garcia de Orta (HGO), Almada, «e que tem levado à suspensão de vários serviços de Urgência, colocando em causa a saúde dos utentes de Almada e do Seixal».

Na nota publicada no seu site, o SMZS acusa o diretor clínico, «na ausência de ação do presidente do CA» de ter assumido «um confronto global com todos os médicos do HGO, não tendo sido capaz de elaborar um plano de contingência que tenha sido amplamente discutido e que pudesse ajudar na resolução dos problemas do hospital, devido à falta de médicos de várias especialidades».

O Sindicato denuncia que «neste momento, o Serviço de Urgência Geral tem mais de 80 utentes internados na Unidade de Internamento Médico-Cirúrgico (UIMC) – mais do triplo da capacidade – e 30 utentes internados na Área Dedicada para Doentes Respiratórios (ADR), sem que o espaço disponível atenda com dignidade e cuide da intimidade dos doentes, não permitindo que a atividade médica assegure o devido controlo da infeção, impedindo uma avaliação clínica segura com apoio pluridisciplinar diferenciado e atempado».

Indica ainda que «as escalas de urgência nas várias especialidades não são cumpridas e os serviços de obstetrícia e ortopedia, muitas vezes, não têm médicos.

O HGO é um hospital com urgência polivalente na saúde materno-infantil, em neurociências, na cirurgia/ortopedia e na medicina interna, com Via Verde do AVC e cardiologia de intervenção. Esta é uma situação dramática num dos principais hospitais da região.

Na verdade, a situação está de tal modo grave que os doentes do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) são enviados, a partir das 18 horas, para os hospitais centrais de Lisboa, obrigando a uma travessia do Rio Tejo, com risco de atraso significativo dos cuidados de saúde necessários.»

A situação tem vindo a ser denunciada pelos Sindicatos ligados aos profissionais de saúde, e levou mesmo os médicos do serviço de Urgência na área da medicina interna a apresentarem um abaixo-assinado, com 66 assinaturas, onde exigem a resolução imediata dos constrangimentos.


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