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Setúbal | Homem morre após esperar duas horas pelo INEM

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) criticou hoje os atrasos no socorro do INEM denunciando a morte de um cidadão na segunda-feira, 5 de dezembro, em Setúbal, por ter de esperar duas horas pela ajuda dos serviços médicos.

“Desde o tempo da primeira chamada até que chegou a primeira equipa de emergência médica, uma ambulância, passaram praticamente duas horas […]. Se o socorro tivesse sido realizado atempadamente, as probabilidades de sobrevivência deste homem de 64 anos seriam, com certeza, muito maiores” afirmou o presidente do STEPH, Rui Lázaro, em declarações à agência Lusa.

O incidente ocorreu na freguesia de São Sebastião, no concelho e distrito de Setúbal, depois de ser pedida assistência médica a um homem de 64 anos, através da linha de emergência 112.

De acordo com o presidente do STEPH, a primeira chamada foi realizada às 10h06, mas a mesma terá ficado em espera, tendo sido devolvida pelas 11h15, sublinhando que segundo a linha do tempo, a ambulância foi despachada às 11h22 e a equipa da ambulância chegou junto da vítima às 12:05.

“Quase duas horas depois da primeira chamada, quando a primeira equipa de ambulância chega ao local verifica que o senhor estaria já em paragem cardíaca. Terão imediatamente iniciado manobras de reanimação, depois auxiliados por uma viatura de emergência médica de Setúbal, que se deslocou também ao local e que realizou inclusive manobras de SAV (Suporte Avançado de Vida), mas sem sucesso”, explicou Rui Lázaro, acrescentando que o óbito foi declarado no local às 12h53.

Depois de registada a ocorrência, o STEPH criticou de forma veemente os atrasos recorrentes na deslocalização dos meios de socorro até à casa das vítimas, referindo que o sistema de emergência médica está “muito próximo de uma rutura efetiva”, considerando que “quando chega ao ponto de se ter já pessoas que morrem enquanto esperam mais de duas horas por assistência médica, é um ponto já que requer uma intervenção imediata da tutela”.

O STEPH dará conhecimento da situação atual ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, “exigindo que tome medidas e que apure as devidas responsabilidades políticas do Conselho de Administração do INEM, que está mais que provado que não tem condições para continuar a dirigir o instituto”.


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