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Seixal | ‘Nem tudo irá correr às mil maravilhas no dia 1 de Julho com a Carris Metropolitana’

O tema da Carris Metropolitana foi abordado esta tarde na reunião camarária do Seixal, quando o vereador do PSD, Bruno Vasconcelos questionou o executivo acerca “da notícia na Rádio Renascença sobre a falta de autocarros e da formação a motoristas que pode empurrar para o final do ano o funcionamento na totalidade das carreiras.

A Câmara sabe se sistema vai estar implementando a cem por cento no Seixal, com as novas carreiras e mais autocarros ou haverá atrasos? Ou isto não passou de um alarmismo do administrador da Carris Metropolitana, Rui Lopo, conhecido militante do PEV e da continuação da estratégia de política de terra queimada por parte do PCP?.”

A vereadora Maria João Macau (CDU) elucidou que “como parte do Lote 3, com os municípios de Almada e Sesimbra, temos estado em reuniões semanais com a Arriva, que irá substituir a TST, para auferir das dificuldades”.

Garantiu ainda que “no dia 1 de Julho, a operação do Lote 3 irá iniciar-se. E com esta iremos trazer mais mobilidade, com mais carreiras, novos percursos e novos horários, que vão complementar o serviço em zonas onde não existia.

Teremos também uma frota renovada, com mais 339 viaturas, 236 destas novas e as outras com pouco tempo de existência, e 636 paragens de autocarro, com os novos horários e informação sobre a conversão das carreiras antigas para as novas.”

Apesar das boas notícias, a vereadora não esconde que “temos também consciência de que há situações que não dizem directamente respeito aos municípios, como as fases de contratação, que podem demorar o processo.

Sabemos que no dia 1 de Julho não irá correr tudo ‘às mil maravilhas’, nem teremos todas as ofertas, mas tudo o que se alcançou significa que valeu a pena a luta dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa e as pessoas vão sentir esta revolução”.

Maria João Macau explicou também que “a partir do dia 27 de Junho, as lojas dos pontos Navegante vão estar abertas, para prestar apoio e darem informações aos clientes”, e que os meses de Julho e Agosto serão como que ‘de experiência’, “sendo meses de férias e por isso atípicos.

Em Setembro, irão ser elaborados os horários completos, tendo em conta o início do ano escolar, e até ao final de Dezembro, será tudo monitorizado, porque queremos garantir o cumprimento rigoroso do caderno de encargos.”

Demagogia, acesso à água e Portal da Queixa

Antes da Ordem do Dia, os vereadores do PS lamentaram não ter sido aceite uma proposta para discussão, “na defesa da água para todos, devido aos vários pedidos de que aqui têm vindo, sobretudo de moradores de AUGI, em que alguns têm abastecimento e a outros é este é recusado, e para os quais a Câmara Municipal devia ser mais permissiva, até alterando o Regulamento”, referiu o vereador Eduardo Rodrigues.

“No entanto, apesar de termos enviado a proposta nas condicionantes da lei, no reinado do PCP no Seixal, o senhor presidente entende estar acima da lei e recusa todas as propostas da oposição sem sequer permitir a discussão.”

Acerca do assunto, Joaquim Tavares frisou que “temos acompanhado todos os casos de moradores com problemas sociais e resolvido alguns, mas há critérios a que temos de responder, sempre com a noção da responsabilidade”.

O vereador garantiu também que “o problema da pressão da água em Fernão Ferro está resolvido com o CDA, tal como sempre disse que ficaria. Ainda hoje estivemos a medir a pressão da água na zona mais elevada, onde havia mais dificuldade, e a pressão está a corresponder às expectativas. O grosso da população do concelho está servido de água de qualidade e ao melhor preço, algo que vos incomoda porque defendem a privatização de vários serviços.”

Esta explicação levou Eduardo Rodrigues a acusar o executivo de “demagogia e de quererem fazer da oposição os ‘papões’”, acrescentando que “não acredito que os moradores de Fernão Ferro venham a ter pressão diária a que têm direito”.

Bruno Vasconcelos lastimou o facto de “o Seixal se encontrar como a sétima pior Câmara na AML segundo o Portal da Queixa, com um índice de satisfação de 16,1%, uma taxa de solução de 15,20% e uma taxa de resposta de 14,30%, e com um aumento do número de queixas, num total de 250 entre 2017 e 2021, nas áreas do ambiente, infraestruturas, licenciamentos e serviços. O que é que a Câmara Municipal está a fazer para melhorar as respostas aos munícipes?”.

O vice-presidente Paulo Silva respondeu que “não conhecia esse portal, mas quando tentei aceder, surgiu-me um anúncio para jogar no Casino e quando procuro saber qual é a entidade, sou convidado a ser cliente da Endesa. Isto é de uma entidade idónea? Os munícipes têm um canal na Câmara Municipal onde as queixas são respondidas.”

Perante esta posição, Bruno Vasconcelos recordou que “esse canal funciona tão bem, que vêm pessoas a cada reunião queixar-se que aguardam por respostas há anos. E dizer que não conhece o Portal da Queixa é lamentável vindo do futuro responsável pela autarquia, mas adianto que outras autarquias da margem sul têm uma taxa de resposta ao Portal que as posiciona muito melhor que o Seixal, dando importância às queixas dos seus munícipes.”

Outras questões levantadas pelo vereador social-democrata abordaram a calendarização “da plantação das árvores junto ao coreto da Amora, que podia ter sido feito na Primavera; para quando o jardim que foi prometido há décadas na Quinta do Cabral, na Arrentela? E se também vão fazer um vídeo promocional com a Rádio Portugal Somos Nós, sedeada em Fernão Ferro, como fizeram com o segundo boletim municipal, conhecido como jornal Comércio do Seixal.”

Apenas uma das questões foi respondida por Bruno Santos, que garantiu ir a autarquia “plantar as árvores na Amora na época própria, entre Outubro e Fevereiro”.

Munícipes queixam-se da demora em respostas

No período destinado à população intervieram cinco munícipes, com Carla Cordeiro a apresentar questões ligadas com a falta de limpeza do espaço público e falta de segurança na via pública nos Foros de Amora e José Pereira a solicitar respostas sobre o processo de legalização da sua casa, o qual aguarda há um ano, “sem que me respondam aos emails”, e a quem a vereadora Maria João Macau respondeu que “tem já um parecer positivo”.

Por sua vez José Jesus Martins queixou-se da existência de um sobreiro que lhe invade a propriedade “sobre o qual já fiz várias queixas mas sem obter resposta”, a quem Bruno Santos explicou “estar o processo em audiência prévia do proprietário do sobreiro, para intervir, mas temos de ter em conta que é uma árvore protegida”.

Maria do Rosário Rosa queixou-se de uma infiltração de água no seu terreno, devido à ruptura de uma conduta “do que me venho a queixar há anos”, e lamentou não conseguir obter para a instalação da água no seu terreno, “cujo pedido foi feito em 2010”.

O vereador Joaquim Tavares garantiu que “a questão da conduta está a ser tratada para resolvermos definitivamente o problema” e acerca do abastecimento de água, a munícipe terá sido notificada em 2016 “que o processo da instalação da água foi indeferido por ser um lote rústico, sem autorização para construção” conforme explicou a vereadora Maria João Macau.

Uma situação com o contador de água no seu estabelecimento levou à reunião Carla Meireles, que se queixou de ter recebido facturas no valor de 700 euros, quando teve o estabelecimento encerrado e com as torneiras de segurança fechadas, bem como de não ter obtido respostas “aos vários emails que enviei. Não me recuso a pagar, mas quero uma explicação para o que se está a passar, até porque o processo já entrou em contencioso.”


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