Reunião entre Sindicato de Motoristas de Materiais perigosos e ANTRAM sem consenso

Depois da primeira reunião entre o Sindicato dos Motoristas de Materiais Pesados e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias – ANTRAM desde a greve que quase paralisou o país, o representante do Sindicato, Pedro Pardal Henriques declarou aos jornalistas que ‘não houve acordo’ e que se no prazo de uma semana este não for encontrado, ‘haverá nova greve no sector de distribuição de combustíveis’.

À saída do encontro, o porta-voz do SNMMP disse aos jornalistas ter ficado “surpreendido” com a forma como a ANTRAM dirigiu a reunião e garantiu que, se ao fim de uma semana não houver acordo, os motoristas vão avançar para nova greve, depois de acusar os representantes da ANTRAM de não se terem “preparado” para o encontro.

«É lamentável ter-se passado este tempo todo desde o pré-aviso de greve e hoje a ANTRAM dizer que está surpreendida com o que estamos a reivindicar, quando se comprometeu a negociar connosco se interrompêssemos a greve», enumerando os dois pontos principais que estão em cima da mesa de negociações são o «reconhecimento oficial da categoria de motorista de matérias perigosas e uma atualização do salário base para cerca de 1.200 euros, o equivalente a dois salários mínimos nacionais».

Desiludido com a forma como a ANTRAM esteve na reunião, o representante do sindicato afirmou que a associação empresarial do setor ‘tem uma semana para chegar a uma solução’, após a marcação de uma nova reunião para 7 de Maio.

«Até lá, a ANTRAM tem uma semana para nos dar uma resposta, caso contrário, teremos que utilizar os meios que estão ao nosso alcance para reivindicar os nossos direitos e um destes meios será um novo anúncio de greve, e a partir dessa data não concederemos mais prazo algum para que se chegue a consensos.»

Da parte da ANTRAM, o presidente considerou que «há características que estão integradas em cada profissão» dando como exemplo os padeiros, afirmando esperar que «à semelhança do que aconteceu com a FECTRANS se chegue a um acordo».

O presidente explicou ainda que «foi hoje, pela primeira vez, entregue à ANTRAM um documento formal elaborado pelo Sindicato com várias reivindicações e muitas delas já nos sido apresentadas, mas não era expectável que fossem dadas respostas já hoje, de que âmbito fosse».

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