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PSD Seixal justifica voto contra GOP da Câmara Municipal

O PSD Seixal enviou às redações um comunicado de imprensa relativo ao posicionamento que tomou nas Assembleias Municipais de 17 e 21 de Abril, nas quais votou contra a revisão das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020.

O relatório foi aprovado com os votos contra do PS, PSD, CDS-PP e PAN, a abstenção do BE e os votos favoráveis da CDU, do eleito pelo Movimento ‘Somos Fernão Ferro’ e o voto de qualidade do presidente da Mesa da Assembleia Municipal do Seixal.

«O PSD / Seixal votou contra a ratificação do Relatório de Atividades e Prestação de Contas do exercício de 2019 por entender que este reflete apenas propaganda ilusória e não a realidade, apoiando-se nas dificuldades trazidas pelo novo Coronavírus, quando na verdade o relatório se reporta ao ano de 2019.

É propaganda ilusória quando se dá a entender que o problema do realojamento de Vale de Chícharos está resolvido e não está, quando as obras do Mercado Municipal da Cruz de Pau estão a decorrer e, na verdade, não estão, ou que as Piscinas Municipais de Paio Pires estão concluídas, e na verdade, não estão, entre muitos outros exemplos. Para além disso, no entendimento de autarcas e Comissão Política do Partido Social Democrata, é absolutamente incompreensível que, num concelho com tantas fragilidades se continue a gastar milhares de euros em publicidade em diversos órgãos de comunicação social. Será que tal publicidade é absolutamente necessária ou estamos perante um culto de personalidade pago pelos munícipes?

O Partido Social Democrata optou igualmente votar contra a revisão das Grandes Opções do Plano (GOP) e do Orçamento para 2020, pois as opções políticas tomadas pelo executivo camarário não são certamente as do PSD, especialmente no que diz respeito ao gasto de dinheiros públicos e em particular quando se fala num valor de 19 milhões de euros para gastar nesta ou naquela infraestrutura, nesta ou naquela associação, neste ou naquele clube, nesta ou naquela corporação de Bombeiros, que há muito configuram, através dos seus dirigentes, a base de apoio dos sucessivos executivos CDU desde 1976. Estas e outras são opções e estratégias políticas com as quais o PSD não concorda e como tal não as pode caucionar.

Para além dos motivos já enunciados, não podemos admitir que numa altura de grandes dificuldades coletivas, em que o futuro é incerto para todos, o executivo CDU tenham criado um modelo de autêntico “one man show” em redor do Presidente da Câmara que adotou e agora se desmultiplica em entrevistas, anúncios na TV, rádios, jornais e outdoors e em outras iniciativas despendendo com isso quantias exorbitantes do erário público.

O Partido Social Democrata não aceita que deste quadro grave de pandemia provocada pelo coronavírus se pretenda recolher frutos políticos, no que ao capital de notoriedade e popularidade diz respeito.

O Partido Social Democrata, enquanto partido de oposição que é, não se deixa diluir nem apagar em movimentos unitários, de seguidismo ou de colaboracionismo e muito menos passa cheques em branco ou salvos-condutos a este executivo CDU. Antes pelo contrário, o PSD continuará a ser uma voz inconformada e convicta do seu estatuto de oposição.»


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