Já a caminho das próximas eleições autárquicas em finais de 2021 e com todas as demais forças políticas a braços com as suas convulsões internas, a CDU mostra também em Alcochete como há muito mais vida para além da pandemia, adiantando-se e anunciando neste início de ano, com força e convicção, os seus principais candidatos aos órgãos do Município, designadamente a recandidatura do Presidente Luís Miguel Franco à Câmara e a candidatura da Dr.ª Ana Luísa Lourenço à presidência da Assembleia Municipal, oferecendo mais uma vez a Alcochete soluções futuras de grande qualidade.
Recorda-se, como ponto de partida, que o PS venceu as eleições para o Município de Alcochete em Outubro de 2017 com a mais pequena maioria relativa alguma vez obtida no concelho.
Na altura, o PS elegeu o presidente da Câmara e dois vereadores mas ficou em minoria (com a CDU e a coligação CDS/PSD a elegerem também dois vereadores cada). Tal como ficou em minoria nas principais, em duas (Alcochete e Samouco) das três Juntas de Freguesia do concelho.
Entretanto, já se sabia como o PS havia ficado refém de certos empresários que patrocinaram a sua candidatura local em 2017 e que povoaram as suas listas com os seus homens de mão.
Nesse quadro e como ficou em minoria, quer na Câmara quer na Assembleia Municipal, o PS entregou-se por completo, após as eleições, nas mãos de Vasco Pinto e do CDS, que havia sido parceiro de coligação do PSD.
Ou seja, Fernando Pinto negociou com o CDS o apoio do seu vereador eleito e dos três deputados municipais que o CDS local obteve à boleia da coligação com o PSD, denominada “de alma e coração “.
Esta negociata político/partidária desvirtuou por completo o sentido do voto popular, fazendo daquela que foi e que seria sempre a terceira ou quarta força partidária um dos grandes vencedores das eleições autárquicas de 2017 em Alcochete.
Este CDS de Alcochete que, tendo aproveitado a fragilidade conjuntural da direção local do PSD para ganhar proeminência na coligação de direita, acabou por dar a mão ao PS e tornar-se o partido charneira na formação da maioria na Câmara e na Assembleia Municipal. Deitou-se na campanha eleitoral com o PSD mas acordou das eleições abraçado ao PS.
O PS local que tanta coisa prometera antes das eleições, ficou à cabeça aprisionado aos seus compromissos político/empresariais e acabou totalmente dependente do CDS ou, melhor dizendo, de Vasco Pinto.
Com tudo isto, saíram traídos o PSD e o seu habitual eleitorado, que resgataram o CDS da sua quase inexistência política em Alcochete, e sobretudo as pessoas que acreditaram no PS.
Agora, a poucos meses das próximas eleições autárquicas há já quem aposte no seguinte cenário: Vasco Pinto sela desde já novo acordo político com o PS de Fernando Pinto. Não fazem coligação pré-eleitoral formal, para não abrirem espaço ao PSD e sobretudo à extrema direita, mas combinam, desde já, juntar de novo os trapinhos depois das eleições.
Neste quadro, naturalmente que, por muito que o seu atual líder Pedro Louro desejasse ser o preferido de Fernando Pinto, o PSD não pode aceitar noivar mais uma vez com o CDS e voltar a ser abandonado no altar.
O PS continuará refém de Fernando Pinto e da sua “rapaziada dos calções e das meias azuis”, e estes capturados politicamente pelo CDS de Vasco Pinto.
Caberá agora ao PSD assumir-se de vez como o grande partido do centro-direita que é, também em Alcochete, ou voltar a ser apenas a muleta local do CDS.
Como caberá ao povo de Alcochete decidir se é isto que quer para a sua terra ou se não prefere antes rasgar novo horizonte de esperança e regressar rapidamente ao futuro.
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Com que então “rapaziada dos calções e das meias azuis”. O nível deste senhor é qualquer coisa.