Tal como aconteceu um pouco por todo o país, os professores de Sesimbra também se concentraram. Os professores pedem um maior respeito pela carreira e demonstram ser contra a municipalização. Desde o inicio do ano letivo, as escolas, independentemente do ciclo, estão nas mãos dos diferentes municípios. Em Sesimbra, o principal ponto de concentração aconteceu em frente da escola de Sampaio.
No protesto, que aconteceu em frente do portão principal deste edifício, os professores fizeram-se acompanhar de cartazes onde expressavam os seus pedidos por uma escola melhor. Os protestantes fizeram greve, o que fez com que muitas aulas não fossem dadas. Os professores desta instituição exigem negociações com o governo para assim ser possível mudar as atuais políticas de ensino.
Professores temem o retrocesso da educação em Portugal
Para eles, o mesmo poderá estar muito brevemente em perigo devido aos professores serem cada vez mais velhos e a carreira pouco apetecível para os mais jovens. Muitos temem que o nível da educação em Portugal, uma das obras da Revolução, regrida várias décadas. Para um professor poder progredir na carreira são precisos vários anos. Em relação ao ensino, os professores lamentam que cada vez seja mais fácil um aluno passar de ano, o que coloca em perigo o futuro do país pois estamos a criar cidadãos sem o mínimo de competências.
A organização da concentração em Sampaio pede «a recuperação do nosso tempo de serviço, que nos foi retirado no tempo da Troika, em que perdemos [neste momento] seis anos de serviço; é também a questão das progressões na carreira e a avaliação», disse o professor de História, Rui Castro. Já a professora de português, Isabel Laureano Canana, acredita que este «é o momento de mudar e de recuperar o que ainda resta da escola pública».
As queixas dos professores não são novas. Os atuais protestos vão levar ao encerramento de escolas por distritos. No caso de Setúbal, tal vai acontecer no dia 2 de fevereiro. O mesmo poderá ser cancelado caso o governo acate aos pedidos dos sindicatos.
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