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Património em discussão na reunião camarária do Montijo

A reunião camarária do Montijo iniciou-se esta tarde com a intervenção do presidente, Nuno Canta, referindo que foi enviado em nome do município uma nota de pesar à sua homóloga em Paris, sobre a «catástrofe» do incêndio em Notre Dame, e apresentou ainda uma declaração com a listagem dos imóveis classificados e em lista de classificação como de Interesse Público e Interesse Municipal, “tendo em conta vários comentários que têm ocorrido na Assembleia Municipal sobre o património histórico do concelho”.

O edil referiu ainda que “no âmbito da entrega à APA do Estudo de Impacte Ambiental para o novo aeroporto no Montijo, foi pedida e cedida uma audiência com o ministro das Infraestruturas e Habitação, com o qual destacámos a importância de retomar a discussão da dinâmica da baía do Tejo, com a ligação das penínsulas do Montijo – Barreiro – Seixal”.

Na sua intervenção o vereador do PSD, João Afonso apresentou vários problemas relacionados com o cais dos Pescadores, inaugurado há quatro anos, “com uma certa anarquia, como a falta de desassoreamento, o uso indevido das rampas permanentemente ocupada, ocupação do cais por embarcações que não exercem a função de pesca, a falta de regulamento de uso, a chave das instalações que circula por várias mãos, em suma, aquilo para o que foi construído, de apoio à comunidade piscatória, não está a acontecer, chegando a existir situações de alguma violência”.

O vereador solicitou a intervenção da Câmara Municipal “se for preciso com a Polícia Marítima” e seja elaborado um regulamento “com a intervenção da SCUPA. É altura de pôr ordem naquele cais, onde até estão a construir ali umas barracas, além da falta de um ponto de água e de luz para ajudar na limpeza dos barcos.”

Nuno Canta explicou que “parte do cais está em domínio público, outra é privada, com quem a Câmara Municipal já tentou negociar a compra, actualmente o que existe é um contrato de comodato entre os proprietários e a SCUPA” referindo também que a Câmara Municipal “não recebeu qualquer queixa por parte da SCUPA, mas iremos reunir com o presidente, porque a gestão cabe a esta entidade”.

Outra questão levantada pelo vereador social-democrata foi a situação da Igreja do Santuário de Nossa Senhora da Atalaia, “que tem o telhado a cair, e sei que a Câmara Municipal disponibilizou os serviços para o levantamento dos problemas, pelo que gostaria de saber como está esse trabalho”.

A esta questão Nuno Canta respondeu que “tenho uma certa proximidade com aquele património, e que tem uma enorme importância para o concelho, estando já como Património Classificado. O Padre Miguel já deu conta desse problema à autarquia, que sempre se demonstrou disponível para apoiar classificação, assim houvesse verba. Havia também interesse do Padre Miguel para concorrer a apoios comunitários, e foi solicitado o apoio à Câmara Municipal para realizar um relatório, mas os nossos técnicos não têm capacidade para realizar um relatório tão pormenorizado como é exigido, porque estes trabalham também noutros projectos, e propusemos que fossem contratados serviços externos para elaboração desse relatório por uma equipa multidisciplinar.

Temos vindo a apoiar financeiramente várias obras em igrejas do concelho, pelo seu interesse patrimonial para o concelho.”

O vereador Carlos Almeida (CDU) frisou “a situação com que nos temos deparado pelo país com intervenções que não respeitam as regras e o passado de edifícios históricos”, relembrando que “a CDU apresentou algumas propostas e perspectivas sobre a preservação do Santuário de Nossa Senhora da Atalaia, o que na altura até surpreendeu o PS, para um maior esplendor daquela zona”.

Foram ainda apresentadas e aprovadas duas saudações ao 45.º aniversário do 25 de Abril, por parte do PS e da CDU.

No período da ordem do dia, foi aprovada a compra por parte do município à EDP Energia de um edifício no Pocinho das Nascentes para implementar ali o espaço para os trabalhadores dos espaços e jardinagem, pelo valor de 135 mil euros.

Seguiu-se o período aberto à população onde interveio apenas Joaquim da Maia, elogiando o Carnaval no Montijo e a posição do executivo municipal ao pedir os logotipos das tertúlias para a inauguração da rotunda frente à praça de touros, e ainda solicitando a retirada de uma passadeira frente à sua residência.


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