PAN rejeita existência de falsos recibos verdes entre os funcionários do partido
De acordo com o jornal ‘online’ Observador, na reunião de 30 de maio da Comissão Política Nacional do PAN o agora eurodeputado independente questionou o porta-voz, André Silva, sobre o facto de assessores parlamentares terem contratos de prestação de serviços com a Câmara Municipal de Lisboa. Essa discussão terá precipitado a saída de Francisco Guerreiro.
O Observador indica que teve acesso as contratos de avenças e recibos verdes de funcionários do PAN e indica que esses documentos referiam a “prestação de serviços de assessoria/apoio técnico, na área da comunicação ao Grupo Municipal do Partido PAN na Assembleia Municipal de Lisboa”.
Confrontado hoje com esta questão na conferência de imprensa agendada para reagir à desfiliação da deputada Cristina Rodrigues, que passou a deputada única na Assembleia da República, o porta-voz do PAN indicou que já teve oportunidade de esclarecer esta questão “por várias vezes”, desde 2017.
“O PAN optou no passado por uma partilha de recursos” e “não houve falsos recibos verdes”, vincou André Silva.
“É feito assim com todos os partidos e, portanto, isto é perfeitamente estabilizado há vários anos”, salientou, referindo igualmente que “é normal em todos os partidos [haver] matérias que se cruzam” e “recursos partilhados”.
André Silva salientou que “alguém que é funcionário de um partido em alguma circunstância está a fazer um apoio a qualquer matéria que tenha que ver com processo legislativo ou que esteja a dar um apoio qualquer eventualmente numa rede social, relativamente a uma matéria de uma assembleia municipal”.
Sobre a reunião da Comissão Política Nacional, o porta-voz do PAN defendeu que “não foi essa discussão que originou qualquer dissidência”.
De seguida, André Silva realçou que “a direção do partido é aquela que faz, no PAN e em todos os partidos, a gestão política dos eleitos nacionais e europeus e houve sempre uma resistência enorme, uma recusa por parte de aceitar, de facto, essa gestão política, prestar contas e de ser transparente a vários níveis”.
O eurodeputado Francisco Guerreiro foi o primeiro de sete dirigentes a desvincular-se do PAN, com duras críticas à atuação da direção liderada por André Silva.
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