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PAN Moita apela ao ‘fim do apoio municipal à violência e da barbárie’ das largadas de touros

A Comissão Política Concelhia do PAN – Pessoas – Animais – Natureza da Moita, dirigiu uma carta ao presidente da Câmara Municipal relativa a morte do jovem durante a Feira de Maio, após ser colhido por um touro numa largada.

A carta, enviada a 1 de junho, mas agora divulgada à comunicação social, apresenta as «mais sentidas condolências à família do jovem de 15 anos» e também o repúdio do PAN Moita em relação a «todas e quaisquer manifestações de carácter violento durante a Feira Regional de Maio da Moita, ou em qualquer outro contexto, que coloquem vidas em risco».

O PAN Moita sublinha que «a vítima foi um jovem com toda a sua vida pela frente e cuja morte prematura podia ter sido evitada se dita Feira tivesse sido sobre a vida e não sobre a violência intrínseca das atividades tauromáquicas, neste caso, de uma largada de touros.

Não há dúvidas que as largadas constituem um claro perigo para a vida de pessoas e animais.»

Na carta enviada a Carlos Albino, o Partido relembra que «Portugal já foi instado pela ONU para afastar crianças e jovens da violência desta atividade.

E por iniciativa do PAN já foi aprovado, estando em falta a sua promulgação, o diploma que limita a assistência de crianças e jovens nas touradas.»

A Comissão Política critica «o espectáculo público e de responsabilidade da autarquia, cuja prioridade deste executivo municipal devia ser a garantia da salvaguarda e proteção dos seus munícipes, sobretudo dos mais jovens.

Ao invés, apoia direta e indiretamente eventos que os expõem a riscos desnecessários.»

Relembra também que «este não é o único caso, nem a primeira vez que temos de lamentar a perda de vidas humanas no seguimento das largadas da Feira Regional de Maio da Moita», enumerando os vários acidentes mortais, desde 2010, em que «o balanço foi de uma vítima mortal e quatro feridos»; 2014 onde perderam a vida dois homens e em 2015 «faleceu um senhor de 70 anos colhido por touro».

Perante este cenário, o PAN Moita afirma que «ao nosso entender, deveria ter sido decisão deste executivo pôr fim à promoção e apoio da violência e da barbárie, salvaguardando a vida dos moitenses.

Teríamos sentido orgulho de um Executivo que, para marcar a mudança de ciclo político e social que a população da Moita votou democraticamente nas últimas eleições, tivesse decidido apoiar e promover uma Feira diferente, sem violência e integradora de todos os munícipes que como nós, se sentem excluídos das festas e Feira da Moita por não nos identificarmos com este tipo de atrocidades.»

Lamentam que «o executivo municipal da Moita não quis deixar de promover e apoiar as tradições arcaicas, violentas e obsoletas da tauromaquia que já não deveriam ter espaço na nossa sociedade, não quis colocar o Concelho no caminho do progresso civilizacional e agora, a nossa sociedade, a população da Moita e a família deste jovem estão de luto.»

Por último a carta deixa duas questões dirigidas ao presidente socialista: «quantas mais vítimas mortais teremos de lamentar antes de atuar, Sr. Presidente? Quantas mais famílias terão de receber as suas condolências antes de mudarmos e avançarmos para festas populares sem violência?».


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