Palmela | PSD acusado de “populismo” e “incoerência” na apresentação de pacote social
Uma proposta de Pacote Social de Resposta Local à inflação, apresentada pelo PSD da Câmara Municipal de Palmela, na reunião pública de 16 de novembro, ditou o término da sessão de uma forma acesa, com fortes críticas e trocas de acusações.
Este pacote, considerado pela oposição “populista”, “incoerente”, “sem fundamento” e “retórica de circunstância”, estipula 15 medidas de apoio social, que incidem, essencialmente, na redução de tarifas, comparticipações, aumento do auxílio económico e também do suporte de carências.
O PS acusa as medidas do pacote de serem, embora “válidas e importantes de âmbito local”, “descontextualizadas” e sem dados concretos que as permitam ser analisadas – mais, “muitas das propostas já foram apresentadas em outras reuniões pelo PS ou fazem parte do programa eleitoral”.
A mesma opinião, em relação a propostas já implementadas, neste caso, no município, partilha a CDU, que relembra medidas sociais apresentadas em Assembleia da República (AR), pelo seu partido, com o voto contra do PSD, assumindo o que está em discussão como “evidência da competição pela bandeira do populismo entre o PSD e o CHEGA ou uma arma de arremesso ao PS”, acusando ainda de serem uma “retórica de circunstância”.
“Gerir a casa alheia é sempre fácil”, embora “ser coerente seja mais difícil”, deixando a CDU a questão de “onde está a fundamentação” nesta proposta ao nível de competências autárquicas.
O MCCP, “das quinze propostas que aparecem” revela que iam ser acolhidas “uma ou duas”, com o reforço da palavra “populismo” a surgir e com o sublinhar de muitas medidas serem “responsabilidade do governo central”.
Em sua defesa, o PSD defende-se da acusação de populismo, ditando que o PS é “ilusionista” no que respeita ao orçamento de estado e ressalva a transparência do próprio partido. Justifica que “não é verdade que as medidas não sejam mensuráveis, nem é verdade que criem um impacto assim tão grande no orçamento municipal”.
O pacote social foi reprovado por maioria, com votos contra da CDU E MCCP, abstenção do PS e voto a favor do PSD.
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