Opinião

Os censos da ILGA

Uma crónica de Bruno Fialho.

Como sabem, porque há semanas receberam no correio uma carta do Instituto Nacional de Estatística (INE), no dia 19 de abril os portugueses começaram a responder aos Censos 2021.

Tenho algumas dúvidas se os Censos efectivamente servem para alguma coisa ou se é mais uma forma do Governo perceber como consegue “roubar” mais dinheiro em impostos, entre outras situações pouco abonatórias para o executivo português.

As minhas dúvidas relativamente aos Censos residem no facto de que nas últimas 3 décadas, estes já foram informatizados, o que, supostamente, deveria ser uma enorme ajuda para os Governos acabarem com a pobreza, desigualdades sociais, corrupção, etc…

No entanto, em Portugal pouco ou nada mudou nos últimos 30 anos, pois, continuamos a ser um dos países mais corruptos do mundo, com os impostos mais altos, com os salários mais baixos, enfim, a lista é enorme, como todos sabem.

Mas as minhas dúvidas em relação aos Censos culminam no dia de cada acto eleitoral, já que, se hoje em dia tudo é informatizado e existe tanto cruzamento de dados nos organismos e instituições do Estado, qual a razão para que ainda existam mortos nos cadernos eleitorais e que até consigam votar (claro que todos sabemos qual é a resposta, mas nem vale a pena entrar por esse caminho).

Assim sendo, qual será a razão para que o INE não demonstre a verdadeira importância dos Censos para o cidadão e para o país, ao invés de ameaçar que, caso você não preencha o questionário e o entregue, será multado entre 250 e 25 mil euros? 

Nesse sentido, considero que seria uma enorme ajuda para quem nos (des)governa que os Censos apresentassem perguntas tais como: Consegue fazer, pelo menos, 3 refeições por dia com o salário de miséria que recebe? Quantas horas passou de pé no Centro de Saúde para ser atendido? Tem médico de família? Há quanto tempo espera por uma consulta de especialidade? Espera morrer antes de ser operado? Consegue pagar um Lar com condições dignas? Tem familiares deficientes ou acamados? Etc…

Todavia, constato que, em vez de ter existido uma forte indignação nacional para se aferir da importância dos Censos e, consequentemente, exigir-se uma melhoria das perguntas realizadas, para ser mais fácil ajudar as pessoas que mais necessitam de apoio, a directora executiva da ILGA – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo ficou muito preocupada porque no questionário apenas se podia responder se o sexo da pessoa é feminino ou masculino, pois, na opinião dela, seria “relevante aferir a identidade de género das pessoas”.

O que ela (directora da ILGA) deve de ter querido dizer foi: Queremos saber quantas pessoas, no futuro próximo, podemos colocar em lugares chaves da administração pública, tendo até sido secundada por um partido político que questionou de imediato o Governo sobre esse tema.

Sempre defendi e irei defender a igualdade entre as pessoas, seja qual for a orientação sexual, côr da pele, etc… e é por isso que já estou farto de ver certos grupos, movimentos e lobbys tentarem impor uma nova biologia ao ser-humano ou conseguirem criar quotas para aqueles que, se a escolha fosse feita unicamente pelo mérito, nunca conseguiriam singrar na vida.

Considero que aquilo que começou por ser um movimento sério (a ILGA ou o LGBT), que apoiou pessoas numa época em que estas eram verdadeiramente discriminadas, na sociedade e no local de trabalho, devido às suas orientações sexuais, é hoje em dia uma máquina de mera propaganda política e de interesses pessoais, inclusivamente apoiada por alguns partidos.

Hoje em dia qualquer pai ou mãe devia de ter mais receio por os seus filhos poderem vir a ser heterossexuais do que eles optem por outra orientação sexual ou que até decidam vir a ser uma das centenas de género que são descobertos todos os dias, pois os discriminados de amanhã serão aqueles que não construíram lobbys poderosos à volta da sua orientação sexual.

A ILGA queria uns Censos diferentes, mas parece-me que a ILGA já não tem senso nenhum.


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