Opinião

O futuro do turismo em Setúbal

Uma crónica de Pedro Dias.

Já viajei pelo mundo inteiro e em poucos sítios vi tanta beleza natural como em Setúbal.  Cada recanto tem uma particularidade, uma identidade que me fazem amar sempre mais e mais a minha cidade. Setúbal É um diamante a polir: A Arrábida tem encantos e mistérios que ainda descubro. A Mourisca, entre o estuário e a velha indústria é um misto que exalta a calma e a serenidade, Azeitão é o ‘glamour’ entre o passado e o presente de uma das melhores zonas de vinho do mundo. E por fim… Setúbal- cidade que com o passar dos anos definha vendendo-se, a cada canto, a investimentos imobiliários erráticos e desregrados. Com o fito de, mais tarde, renascer aproveitando o turismo desenfreado, impulsionado pelo “Portugal está na moda!”.

Temos uma das mais belas baías do mundo. Pertencemos, até, a esse clube mundial exclusivo… seria, por isso, um crime para a região não aproveitar esse potencial e não crescer nesse sentido. E assim fizemos…

Mas em 2020, veio a pandemia e muitos dos negócios como a restauração, o alojamento, o comércio e os serviços pararam sem aviso prévio.  Não está a ser fácil para estes negociantes subsistirem.  As ajudas que têm tido são manifestamente insuficientes, sobretudo, porque Setúbal, nos últimos anos, cresceu em função do turismo que chegava a Lisboa e esse … desapareceu.

Temos duas opções: Ou desistimos… Ou vendemos lenços e arregaçamos as mangas! Por vezes, uma má notícia é uma oportunidade disfarçada. Senão vejamos: Em abril, os restaurantes assim como muito comércio abrem portas e as pessoas, por sua vez, hão-de vir a Setúbal!  Temos o melhor peixe e choco frito de Portugal.   As nossas praias são apelativas, temos a calma e o sossego que Lisboa não tem; e o nosso povo é simpático e afectuoso. Para além do que, por via da pandemia, as pessoas não irão para a capital e tentarão fugir dos grandes centros, o que facilitará o turismo na nossa região.  Essa será uma solução que, no imediato, nos poderá ajudar a colmatar os problemas que temos sentido.

Entretanto, é urgente pensar o turismo a longo prazo, assente em critérios mais sustentáveis, com respeito pelo ambiente e     virado para outros mercados. E isso passa, obrigatoriamente, por outras soluções.  Um aeroporto na Margem Sul é uma delas.  Seja no Montijo ou em Alcochete qualquer opção serve Setúbal. Porque – faria da cidade e arredores uma zona de alojamento, criando turismo internacional a visitar a cidade e todos os outros pólos de interesse o que, a acontecer, forçaria a cidade a um crescimento nunca antes visto. E isso faria de Setúbal uma cidade com luz própria, porque o brilho está cá: em cada canto, em cada recanto: de Azeitão à Mourisca, passando pela Arrábida e acabando neste diamante que quer ser polido.


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