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Número de pessoas em situação de debilidade aumenta no concelho de Sesimbra

O número de sem-abrigo em Portugal está a crescer e muitas pessoas que tinham situações de vida estáveis acabam a pedir ajuda monetária e alimentar. Muito recorrentemente é habitual ver pessoas a pedir em frente de vários supermercados. Homens e mulheres pedem aqueles que passam com sacos de compras o que algo para poderem comer. Vários espaços fazem com que os seus seguranças retirem estas pessoas da frente para não darem um mau ambiente ao mesmo. Isto porque se muitos dos compradores param e tentam ajudar (como foi o caso de uma senhora, que a chover, correu até ao carro para dar um bocado de pão a um homem com necessidades), outros passam sem ver ou vão para outros locais. Este é um flagelo cada vez mais presente, mas muitos pretendem continuar de olhos fechados.

Um dos casos que tem chamado a atenção é o de uma senhora que na Quinta do Conde senta-se a porta de vários espaços comerciais. Quem vê este caso tenta ajudar, inclusive com comida, mas a situação continua. Esta senhora pede dinheiro, mas quando alguém a questiona sobre o porquê de estar ali não responde. A senhora diz que não pode sair do local onde está e que «preferia que lhe dessem dinheiro».

Quem conhece este caso e já deu dinheiro a esta senhora acredita que estar a pedir «parece um estilo de vida». Quem pede nas ruas, a porta dos espaços comerciais ou dentro dos transportes públicos, faz por necessidade. Pedem para comer ou para outras necessidades básicas, como é o caso dos medicamentos. Por outro lado, existem vários casos de exploração. Estas pessoas chegam conduzidas por terceiros ou com bons telemóveis enquanto transparecem sinais de pobreza para os restantes.

Em alguns casos estamos a falar de autênticos esquemas onde estas pessoas são colocadas a pedir (por familiares ou não) dinheiro para dar a um terceiro e vão rodando para não serem apanhados. Na Avenida da Liberdade, entre as lojas mais caras do país, uma senhora com uma avançada idade passava o dia em cima de um pedaço de cartão a pedir ajuda pois era sem-abrigo (existem vários naquele raio que vai até ao Rossio) só que quando a noite caia um carro aparecia e a levava para outro local. Muito provavelmente para casa. O sem-abrigo mais conhecido de Sesimbra é um cidadão holandês que anda há décadas pelas ruas da localidade e que é apoiado pela Santa Casa. Ao lado da MaxiLoja existem pedaços de cartão e cobertores para tapar aqueles que ali dormem quando cai a noite. Se uns dormem bem no centro das ruas, outros procuram bancos em locais mais recatados para descansar. Para ajudar a tirar estas pessoas em situação de sem-abrigo (o que não é o caso de todos os pedintes) existe um Centro de Acolhimento Temporário, no centro da vila de Sesimbra. Este centro, que é uma parceria entre a Câmara Municipal e a ABAS, é composto por oito camas, um refeitório e uma lavandaria.


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