Montijo

MONTIJO – TST e corte de árvores discutidos em reunião camarária

A reunião de Câmara Municipal do Montijo teve uma situação excepcional esta semana, com uma interrupção de hora e meia para alguns dos eleitos participarem no funeral do pai da vereadora Sara Ferreira.

O período Antes da Ordem do Dia iniciou-se com uma saudação à Cerâmica de Pegões apresentada por João  Afonso (PSD), num documento no qual constava a história desta empresa e os investimentos tecnológicos e modernização dos combustíveis utilizados, que foi aprovada por unanimidade.

Nuno Canta relembrou que a indústria da cerâmica foi também muito importante no concelho, mas em que muitas desapareceram fruto da crise.

Na sequência desta saudação, o vereador social-democrata questionou sobre a limpeza das valas em redor desta fábrica “que tem tido problemas de inundações, e que perante situações de chuva intensa pode vir até a afectar a produção. Gostaria de saber se os proprietários e o ministério do Ambiente já foram instados a fazer a limpeza”.

O presidente explicou que “a Câmara Municipal não tem competências de limpeza de valas em espaços rurais, mas a situação da vala já vem desde a instalação da fábrica. Já interviemos ali, mas há problemas de entupimentos do lado do concelho de Palmela.”

Outra questão levantada por João Afonso incidiu sobre “a situação de funcionários da Câmara Municipal com categoria de assistentes operacionais, e que trabalham em pavilhões municipais (n.º1 e do Esteval), que se queixam de tratamento desigual no pagamento dos horários de trabalho, em horas ou numerário”.

Clara Silva (PS) explicou que “já falámos com alguns trabalhadores sobre o assunto por causa da abertura dos pavilhões aos fins-de-semana, e fizemos propostas de mudança de local de trabalho no início do ano”.

Por sua vez, Ana Baliza (CDU) colocou uma questão sobre o transporte de crianças “que tem apresentado algumas demoras na escola da Jardia” ao que a vereadora Clara Silva explicou que “há realmente um problema com os transportes dessas crianças (dos 6 aos 9 anos) mas porque em várias vezes os motoristas têm de aguardar que os pais cheguem para as crianças embarcarem, situação de que vou fazer um alerta aos pais”.

Na sua intervenção, Nuno Canta apresentou uma declaração “sobre uma Gestão Pública de Excelência, e o primeiro lugar obtido pelo município do Montijo ao nível do distrito e o nono lugar ao nível nacional no Anuário Financeiro dos Municípios” e uma segunda declaração acerca do “novo desafio da afirmação do Montijo como destino turístico”.

O edil deu informação ainda sobre o início das obras na Escola D. Pedro Varela, “com trabalhos de substituição da cobertura de fibrocimento por painéis com eficiência térmica, obra sob a responsabilidade do ministério da Educação”.

 

Corte de árvores na Av. 25 de Abril

 

O assunto do corte e substituição de árvores na Avenida 25 de Abril foi levantado por Carlos Almeida (CDU). “Desde já agradecemos a informação que nos enviou, mas nesta consta que foram detectadas cinco árvores com os troncos estragados, e uma menção da Protecção Civil de perigo de queda eminente de uma árvore, e aconselhamento para corte imediato.

Ora entre cinco ou dez árvores e as cerca de 56 que ali estavam e foram cortadas, consideramos que não seria necessário quer o corte radical, quer o investimento de vinte mil euros na recolocação de novas árvores, que não atingirão no nosso tempo de vida o porte das que desapareceram, e que eram um contributo para a cidade e para os nossos olhos.”

O presidente referiu que “é preciso olhar para isto de uma forma mais ampla. Os plátanos que ali estavam tinham sido alvo de podas radicais, que levaram a um esforço maior de cada árvore, causando problemas fitossanitários e muitos dos troncos apresentavam podridão. Relembro que em 2012 fizemos uma intervenção semelhante na Avenida Luís de Camões, num processo que pretendemos alargar a toda a cidade de forma faseada e com variedade de espécies para evitar situações como as que ocorreram com o escaravelho vermelho nas palmeiras, que foram destruídas em todo o distrito.

Durante décadas apenas se plantavam plátanos e choupos nas ruas e jardins do país, agora temos maior variedade. No caso da Avenida 25 de Abril, optámos pela replantação de uma árvore que é o símbolo da Argentina e do Chile, e que tem um período de floração de meses, com flores vermelhas, que também se enquadram na toponímia da avenida.”

Discordante com o corte de árvores, João Afonso declarou que “segundo arquitectos paisagísticos estas estavam alinhadas paisagisticamente com a área. Não estávamos perante uma situação extrema de podridão dos troncos, e lamento que o presidente tenha atacado uma das memórias históricas do Montijo.

Se a maioria das árvores não estava podre, a renovação daquela mancha verde devia ter sido feita de forma gradual, mas não é possível fazer isso com o estado de penúria dos jardins e dos viveiros do Montijo não o permitiu.”

Nuno Canta defendeu-se com o facto de que “aproveitámos para dar uma vida nova e um novo enquadramento paisagístico na Avenida 25 de Abril. Sobre os viveiros, o vereador demonstra ignorância, porque ali temos um enorme património de espécies diferentes, mas estas árvores que colocámos na Avenida, não existem em viveiro e daí o contrato de compra destas.”

 

Intervenção do público focada nos TST e nas escolas

 

Duas munícipes intervieram no período de intervenção do público sobre a possibilidade de reposição de carreiras dos TST. Maria Arminda, que noutra reunião entregou um abaixo-assinado com 378 assinaturas recolhidas no Bairro do Areias; e Elodina e Elga Araújo sobre a carreira das 6h30, todas receberam do presidente a resposta de que “com a empresa já estamos a tomar diligências e no final do mês de Outubro teremos já soluções. Depois destas serem implementadas peço também que nos deem o vosso feedback.”

António Carlos Araújo colocou uma questão ligada com a falta de segurança na Escola Básica do Afonsoeiro, “onde já há registo de quatro crianças feridas este ano lectivo”, com o presidente a explicar que “existe um plano de obras que irá ser implementado mas poderá demorar” e Patrícia Samora lamentou que a filha, agora a frequentar a Escola Poeta Joaquim Serra, tenha perdido o direito ao transporte pela carrinha da Junta de Freguesia, e tenha de percorrer um longo percurso até à paragem. A esta munícipe, Nuno Canta respondeu que “a situação será avaliada com urgência”.


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