Apenas 48% dos portugueses admitiu que consegue identificar notícias falsas, uma percentagem que está abaixo da média da União Europeia.
O Eurobarómetro realizado em 2018 e hoje divulgado sobre opinião pública em Portugal, mostra que “os portugueses parecem estar menos conscientes da exposição a notícias falsas, menos preparados para identificá-las e menos dispostos a considerá-las um problema no seu país”, assim como “para o funcionamento das democracias”.
Bruxelas afirmou que estes números são preocupantes e que merecem “maior atenção”.
Apenas 55% dos portugueses inquiridos disse que consegue encontrar frequentemente notícias falsas.
O estudo refere que os grupos menos capazes de encontrar informação falsa, “são os compostos por indivíduos com mais de 55 anos, pelos que deixaram de estudar com 15 anos ou menos, pelos que se definem como pertencendo à classe trabalhadora e pelas domésticas”.
Mais de dois terços dos portugueses (68%) disse que acredita na informação transmitida pelas televisões e pelas rádios, seguindo-se a imprensa (61%) e a internet (41%).
A televisão é o meio mais usado pelos portugueses para notícias sobre política nacional e europeia, seguindo-se a imprensa e a rádio.
Em relação à política, o Eurobarómetro refere que, no final de 2018, só 43% dos portugueses dizia confiar no Governo, enquanto 37% disse que confiava no parlamento e 17% nos partidos políticos.
O relatório mostra assim uma “quebra na confiança nos partidos políticos, no Governo e no parlamento, bem como na satisfação com a democracia”.
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