Opinião

JE SUIS AGRICULTOR

Uma crónica da inteira responsabilidade de Bruno Fialho

Quando os telejornais mostraram a invasão do átrio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, pelos agricultores que estavam na manifestação em Évora, convocada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), até julguei que estava em França e fiquei com a sensação de que a coragem e determinação tinham regressado ao adormecido povo português.

Ao longo de décadas temos sido manietados por uma classe política que conseguiu convencer os portugueses a aceitar tudo de forma passiva, mesmo que seja algo inaceitável e que invada a nossa privacidade, pois o que interessa é ter o “rebanho” sempre às ordens de quem verdadeiramente manda nos partidos do sistema.

E se alguém contraria o sistema, “aqui del Rei” que o povo condena de imediato qualquer atitude mais energética de combate à ditadura.

Todavia, quando foi para as Forças de Segurança multarem e prenderem pessoas na praia devido a uma, mais que provada, fraude epidémica, a maioria até aplaudiu de pé.

Se a justiça não funciona e deixa de haver comida na mesa, não podem exigir às pessoas que permaneçam sossegadas e que deixem de lutar pelos seus direitos.

A PSP fez o seu trabalho de proteger a integridade física dos representantes do Governo no CCDR do Alentejo em Évora, mas tem falhado ao não proteger os portugueses do roubo que os nossos governantes diariamente fazem aos nossos bolsos.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que sabe tanto de agricultura como eu de cozinha vegetariana, é uma das responsáveis pelas péssimas políticas do governo que têm prejudicado os Agricultores portugueses.

E se há alguém que merece apoios são os Agricultores portugueses, pelo que, sugiro que a Maria do Céu Antunes deixe de andar subjugada aos interesses de Bruxelas e faça aquilo que a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal reivindica, pois todos os portugueses só teriam a agradecer por essa atitude ou, pelo menos, aqueles que defendem a soberania nacional e consideram um erro termos deixado de cultivar mais de 60% dos nossos produtos agrícolas, como acontecia até 1980.

Espero que a CAP e os Agricultores não desistam de lutar pelos seus direitos, porque precisamos de portugueses assim, de coragem!

Plagiando o título de uma música meu compositor e cantor português favorito, nomeadamente o José Cid, “Ontem, Hoje e Amanhã, je suis Agricultor”.


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