Incêndio avassalou Serra da Estrela e feriu animais presos no meio das chamas
O fogo que teve início em Garrocho, no concelho da Covilhã, no dia 6 de agosto, tem sido devastador e provocado sofrimento a quem por ali está e a quem ali mora: inclusive, aos animais que sofreram várias queimaduras por se encontraram presos no meio das chamas.
Desta desastrosa calamidade, enquanto decorriam os momentos de maior pânico e terror, muitas aldeias foram evacuadas, as pessoas seguiram as ordens das autoridades, mas muitos animais acabaram por ficar para trás.
O IRA – Intervenção e Resgate Animal tentou, estando no terreno, encontrar todos os animais que estavam no meio do fogo, e, segundo a associação, encontraram sete – um dos cães encontrado, que estava acorrentado e não conseguiu fugir, já tinha morrido carbonizado.
Várias fotografias dos animais feridos, algumas chocantes para os mais sensíveis, foram publicadas na página do Facebook do IRA. Um apelo também foi deixado a quem quiser auxiliar nos cuidados de saúde destes animais, sendo que “seis animais em estado muito grave” e foram “encaminhados de imediato para o hospital veterinário mais próximo”.
Para além das “queimaduras ligeiras”, a associação dá a conhecer que existem também nos bichinhos “queimaduras a nível ocular, pele e patas com impossibilidade de locomoção”.
Este incêndio, que deflagrou rápida e agressivamente na serra da Estrela nos dias posteriores, com várias reincidências, foi dado ontem, dia 17 de agosto, com 90% do perímetro dominado, de acordo com a Proteção Civil, sendo que apenas a frente da Covilhã, distrito de Castelo Branco, que provocava “maior preocupação”.
Esteve a Associação Portuguesa de Busca e Salvamento. Na segunda-feira, dia 15 de agosto, a Associação Portuguesa de Busca e Salvamento contou, na Guarda, com 10 operacionais de socorro.
Pode ler-se ainda no Facebook da IRA que “serão apresentadas queixas-crime contra os detentores de todos os animais feridos/mortos recolhidos e a serem recolhidos que se apresentem acorrentados”.
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