País

Festa do Avante soma prejuízo de 1,88 milhões de 2014 a 2019

A Festa do Avante acumula prejuízos desde 2014, de acordo com os dados divulgados pelo PCP à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP). Ao todo já são mais de 1,88 milhões de euros em prejuízos, sendo que só em 2019 ultrapassou o meio milhão de euros, avança o jornal ECO.

A mesma publicação diz que em média são vendidos 25 mil bilhetes por edição. As contas são simples, em 2019 o prejuízo do evento foi de 564 mil euros, com receitas de 2,61 milhões e despesas de 3,17 milhões de euros. Mas os registos não ficam por aqui, em 2014 registou 158,4 mil euros em prejuízos, 19,46 mil euros em 2015, 492 mil euros em 2016, 288,8 mil euros em 2018 e 362,3 mil euros em 2018.

Os lucros ficaram num passado não muito distante, de 2003 a 2013, no total de 4,2 milhões de euros, apesar da situação financeira do PCP ser estável, traduzindo-se no segundo partido com assento parlamentar com as economias mais saudáveis, registando 16,7 milhões de euros de capitais próprios, contra os 19 milhões do PSD, dados referentes ao ano passado.

As receitas da Festa do Avante andam em média, e ao longo dos anos, entre os 2,5 e 2,6 milhões de euros, contra despesas que ascendem os três milhões de euros. A maioria da receita vem pela restauração, ocupando a fatia de 1,2 milhões de euros, já a compra de bilhetes fica-se pelos 900 mil euros, o que este ano poderá ainda criar um défice maior, uma vez que a “DGS – Direção-Geral da Saúde (permite), no máximo, 16.563 pessoas no recinto”.

A venda de bilhetes é uma estimativa do ECO, pois o partido recusa-se a dar contas de quantos bilhetes vendeu ao longo de cada edição: “A venda de EPs na Festa do Avante é contabilizada pelo valor total da sua venda, não podendo estar individualizado ou autonomizado um recibo para cada venda de EP. Isso é impossível“.

Assim, segundo as contas do ECO, em 2018 a receita de bilhetes foi de 938,8 mil euros, sendo difícil contabilizar o número porque os preços diferem para quem comprou com antecedência ou no dia do evento, mas, pegando no exemplo desse ano, o bilhete pré-evento custava 26 euros e no dia 37 euros, sendo estimável que se venderam em média 25 mil bilhetes.

Para o PCP, a compra de bilhetes não se deve à oferta cultural, mas a um “gesto de apoio” às finanças do partido, conforme responderam ao Público: “a sua compra (bilhetes) prossegue, num quadro em que uma parte não correspondendo a deslocações à Festa, mas sim a gestos de apoio, possibilita que sejam ainda alguns milhares as entradas que podem ser adquiridas, atendível a capacidade fixada”.


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