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EXCLUSIVO DD: Diretor Desportivo do Olímpico do Montijo fala sobre confusão no final do jogo com o Vitória FC B

Hugo Pacheco falou ao Diário do Distrito sobre os acontecimentos.

A tarde do passado domingo ficou marcada pelo conflito no final do encontro entre o Clube Olímpico do Montijo e o Vitória FC B, que terminou com pancadaria e disparos das autoridades para o ar.

O Diário do Distrito teve a oportunidade de falar com Hugo Pacheco, diretor desportivo da equipa do Montijo, que expôs o que viu, pelos seus próprios olhos. Leia aqui o relato:

«Daquilo que pude assistir, só posso falar daquilo que vi, quando terminou o jogo, ouve um ligeiro desaguisado entre o nosso avançado e o defesa do Vitória FC. Foi praticamente sanado, inclusive o árbitro dirigiu-se de ambos e voltou para trás, rapidamente foi resolvido.

O nosso jogador passa por mim e vinha de cabeça quente, que é normal depois de um jogo emotivo. Houve o cumprimento dos jogadores, eu inclusivamente acabei por cumprimentar dois ou três dos sadinos. Vou na direção do árbitro para retirar algum jogador que pudesse estar lá perto, evitar castigos… O jogo acabou por não nos correr na perfeição, procurávamos a vitória e empatámos. Há sempre em todo o lado, nervos à flor da pele.

Entretanto, quando me dirigi para o árbitro, ainda consegui ouvir o treinador do Vitória FC B, Paulo Martins, a dirigir-se ao nosso jogador [o que esteve em troca de palavras com o defesa dos sadinos], a dar umas palavras de bom jogo e a tentar cumprimentá-lo, deu-se um bate-boca, mas não ouvi as palavras que trocaram. Tudo disputou aí. Os ajuntamentos de volta do treinador do Vitória FC B, um aglomerado de jogadores a travarem-se de razões e empurrões, pessoas a tentarem retirar, e depois dá-se a entrada da polícia.

Numa primeira fase pareceu controlado, até que depois volto para ir ter com a equipa de arbitragem e oiço os tiros, pensei que fossem os artefactos que as claques utilizam. Olho para trás e vejo polícias de arma em punho disparar, as coisas mudaram de figura.

No meio disto está sempre os mal entendidos, quem já teve envolvido, infelizmente, em situações destas sabe que há agarrões a tentar tirar, para afastarem, e muitas vezes há mal entendidos. E foi o que me pareceu ver, mais gente a tentar separar e dá-se os agarrões… as imagens comprovam as agressões entre dois elementos.

No geral, o que se tentou fazer foi afastar os jogadores dali. Naturalmente, com os ânimos exaltados e com a polícia a intervir, aquilo ganhou aquela dimensão… que foi triste. Nada o justifica… E como já tive oportunidade de dizer, nós não fugimos às nossas responsabilidades. Sabemos que não tivemos bem, mas não fomos os únicos. Não há inocentes no meio deste caso. Todos poderíamos ter feito algo diferente para que as coisas não tomassem aquela proporção, mas é passado e serve de lição para não voltar a acontecer.

Nós vamos ter uma conversa, vamos agir internamente, para tentar que isto não volte a suceder, porque nada contribui para o futebol».

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O Clube Olímpico do Montijo publicou nas suas redes sociais um comunicado onde diz lamentar os incidentes, «desprestigiantes para o desporto nacional e não devem jamais repetir-se em qualquer campo de futebol».

O Vitória FC também se manifestou, indo ao encontro do que o clube do Montijo refere, mostrando-se também disponível para colaborar.

Leia ambos os comunicados:


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