Donos da Comenda acusam André Martins de “fomentar um clima de violência dentro da própria cidade”
André Martins tomou ontem posse enquanto Presidente da Câmara Municipal de Setúbal e fez questão de falar da polémica do Parque das Merendas no seu discurso.
“Nos últimos dias manifestei a minha intenção de defender e promover o património natural e cultural que constitui a Serra da Arrábida, manifestei inclusivamente a minha solidariedade com o povo de Setúbal na luta pelos seus direitos, em particular no que se refere ao acesso ao património natural ou espaços de lazer como a Capela de S. Luís ou o Parque de Merendas da Comenda”, começou por partilhar.
“Reafirmo aqui perante todos vós a determinação em defender esses direitos a decisão de já na próxima segunda-feira pedir audiências às entidades que têm responsabilidades neste processo designadamente o Instituto da Conservação da Natureza e Floresta, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Direção-Geral do Património Cultural. Em simultâneo será constituído um dossier com toda a documentação existente na Câmara Municipal com a finalidade de avaliar as suas componentes técnico-jurídicas”, prometeu.
“Pela nossa parte posso garantir que cumpriremos sempre as leis, mas não deixaremos de exigir que se faça justiça. A este propósito quero destacar a acusação que é feita ao Presidente da Câmara eleito em comunicação escrita dirigida à Câmara Municipal pelos representantes dos proprietários da Herdade da Comenda. É afirmado que com a minha participação na ação popular realizada no dia 3 de outubro, junto ao Parque de Merendas, e na qual manifestei a minha solidariedade ao povo de Setúbal na defesa dos seus direitos, teria promovido uma ação de incitação junto das populações que em nada beneficia as relações e fomenta um clima de violência dentro da própria cidade”, completou.
E prometeu luta, uma vez que: “Afirmar tal coisa só pode significar que os autores desta declaração não têm noção do significado do que escreveram. Estou em crer que este não é de todo um bom começo de conversa para quem aqui chegou há tão pouco tempo”.
“A principal responsabilidade de um Presidente de Câmara é estar ao lado das populações que o elegeram na defesa dos seus direitos, desse dever não abdicarei assumindo sempre as minhas responsabilidades, reivindicaremos o que considerarmos justo para as nossas populações. O que temos dificuldade em aceitar é que nos digam que o protesto justo e fundamentado é desnecessário”, rematou.
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