Criador de ovinos no Poceirão volta a ter animais mortos por matilha

É a quarta vez que o rebanho de Nuno Bronze, na região da Aoreira e Passarinhas, freguesia do Poceirão, é atacado e o criador de ovelhas se depara com vários animais mortos.

No final de Janeiro, o Diário do Distrito deu conta dessa situação, quando o rebanho deste criador foi atacado por uma matilha de sete cães, causando-lhe um prejuízo que ascendeu a mais de mil euros.

Depois de um ataque na tarde de ontem, Nuno Bronze encontrou esta manhã mais quatro ovelhas esventradas. “Ontem consegui manter aqui um cão até vir a GNR, viram-no, contactaram a parte do Ambiente, e hoje às 5h00 da manhã estavam aqui novamente os cães a fazer isto. Se não fosse o meu vizinho a ver e a alertar-me, isto ainda tinha sido pior.”

O criador já reportou a situação à GNR e à Câmara Municipal de Palmela, através do veterinário municipal, sem obter qualquer apoio, apesar de já terem visitado a propriedade. “Disseram que iam ver se encontravam os cães e que iam tomar medidas, mas até agora nada”, explica Nuno Bronze. “Mas daqui a pouco não tenho nenhumas ovelhas e acaba-se o problema. As entidades sabem onde os cães estão e até sabemos a quem pertencem, e não actuam.”

Nuno Bronze desconfia de quem seja o proprietário dos animais “mas agora vê-se que os animais não são alimentados. Nos primeiros ataques, só matavam as ovelhas por divertimento, e agora já comem a carne.”

Numa das pastagens tem agora cerca de cinquenta ovelhas, e recorda os animais que já foram mortos. “A semana passada foi uma ovelha noutro rebanho, e no dia de Carnaval os mesmos cães mataram-me dois borregos neste campo. Não é fácil viver assim, já nem digo quanto tenho tido de prejuízo, sou eu que tenho de pagar tudo”, lamenta o criador.

Perante a falta de respostas, já pondera “ser eu a resolver o assunto… e depois já sei que vai logo aparecer o dono dos cães, os protectores, as autoridades, toda a ‘bicheza’.

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