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Covid19 | Registadas 21.595 reações adversas às vacinas

De acordo com o último relatório a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, até ao dia 31 de dezembro foram notificadas 21.595 reações adversas (uma por cada 1.000 vacinas administradas), 6.939 das quais consideradas graves.

Foram ainda registados 116 casos de morte entre pessoas com uma média de 77 anos de idade.

A maior parte das reações adversas (10.993) são referentes à vacina da Pfizer/BioNtech, seguindo-se a da AstraZeneca, com 6.166, a da Moderna, com 2.440, e a da Janssen, com 1.878 casos.

No que se refere à distribuição por género, o relatório do Infarmed dá conta de uma maior preponderância de notificação de reações adversas por parte do género feminino, a tendência normal de notificação para qualquer outro medicamento, mas o Infarmed desvaloriza esta tendência: «pensa-se que isto possa dever-se a uma maior atenção das mulheres à sua saúde, bem como ao seu maior interesse por temáticas da área da saúde e bem-estar».

As dez reações mais notificadas referem-se a casos de pirexia/febre (4.874), cefaleia/dor de cabeça (4.810), mialgia (dor muscular (4.463), dor no local da injeção (4.011), fadiga (2.419), calafrios (2.062), náusea (1.770) e dor generalizada (1.538).

Foram ainda registados casos de artralgia/dor articular (1.502), tonturas (1.258), mal-estar geral (1.236), dor nas extremidades corporais (1.224), linfadenopatia/aumento de volume dos gânglios linfáticos (971), astenia/fraqueza orgânica (921) e vómitos (908).

Apesar destes resultados, o Infarmed insiste que «as reações adversas às vacinas contra a Covid-19 são pouco frequentes, com cerca de um caso em mil inoculações», um valor que se tem mantido estável ao longo do tempo, e sublinha que «estes dados não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas», uma vez que foram utilizadas em subgrupos populacionais distintos (idade, género, perfil de saúde, entre outros) e «em períodos e contextos epidemiológicos distintos».

O relatório acrescenta ainda que, dos casos de reações adversas classificados como graves, «cerca de 85% dizem respeito a situações de incapacidade temporária (incluindo o absentismo laboral)».

Das reações adversas graves, o relatório refere que 4.172 (19,3%) foram classificadas como clinicamente importantes, 1.698 (7,9%) provocaram alguma incapacidade, 742 (3,4%) precisaram de hospitalização, 208 (1%) representaram risco de vida e 116 (0,5%) resultaram em morte.

Por grupo etário, o que mais casos de efeitos adversos graves registou foi o dos 25 aos 49 anos (3.217 casos), aquele que teve também o maior número de vacinas administradas (5.981.217).

No relatório, a Autoridade do Medicamento dá conta de seis casos notificados em crianças dos 5 aos 11 anos, que incluem “arrepios, dor no local de vacinação, mal-estar geral, pirexia, petéquias e um caso de miocardite, sendo que este último ocorreu em criança de 10 anos com evolução clínica de cura”.

Para a faixa etária dos 12-17 anos, foram registados 97 casos graves, na sua maioria referentes a situações “já descritas na informação das vacinas”, tais como casos de síncope ou pré-síncope reações de tipo alérgico, que dependem do perfil individual do vacinado.

«São casos que motivaram observação e/ou tratamento clínico, mas todos tiveram evolução positiva e sem sequelas» indica o Infarmed, sublinhando que 13 destes casos foram notificados como mio/pericardite, «possivelmente associados à vacina de mRNA em utilização no programa de vacinação atual», que se mostraram «de gravidade moderada» e apresentaram «evolução favorável após tratamento adequado».


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