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Carl Zeiss Vision Portugal esclarece sobre greve convocada pelo FEVICCOM

Os responsáveis da fábrica de lentes de prescrição da Carl Zeiss Vision Portugal, Setúbal, enviaram ao Diário do Distrito uma nota de esclarecimento acerca da greve convocada pelo FEVICCOM, marcada para Janeiro de 2021.

«As reivindicações apresentadas são aumento salarial, horário de trabalho de 2ª a 6ª feira, em vez de laboração contínua, integração dos trabalhadores temporários no quadro da empresa e realização de testes Covid-19 gratuitos a todos os trabalhadores» refere a nota.

Segundo os responsáveis «embora tenham ocorrido reuniões entre a administração e os representantes sindicais, acreditamos que a decisão da greve estava previamente tomada».

Apontando «a pandemia, a pior crise na União Europeia e globalmente desde 1945» e «a competitividade na indústria, que está entre todos os Players globais», a empresa garante que «a nossa primeira preocupação é a segurança e saúde dos nossos funcionários, a segunda é proteger os negócios e, portanto, o emprego e o desenvolvimento futuro da nossa empresa».

Como tal, esclarece que «a competitividade significa capacidade de entrega com serviço atempado e custo controlado (…) e para garantir o prazo de entrega fixado com os nossos clientes locais e internacionais, é obrigatório operar a produção 24 horas por dia, 7 dias por semana, em laboração contínua».

Como exemplo, apontam que «todos os laboratórios equiparados – Alemanha, China, Índia, México, Hungria – trabalham em laboração contínua e melhoram constantemente a sua estrutura de serviços e custos.

É imperativo avaliar a situação do nosso laboratório em Portugal face ao contexto da indústria, às necessidades dos clientes e à atual situação económica.»

Por outro lado, a empresa afiança que «melhorar as condições de trabalho e a justiça no emprego são prioridade da ZEISS» e indica que «nos últimos dois anos, o aumento salarial foi acima da inflação e, deste modo existiu um acréscimo real dos salários dos funcionários.

Ao atingir as metas acordadas de serviço e capacidade, tal determinou a atribuição de um bónus significativo para todos os funcionários.»

Embora frisando que «estamos sempre dispostos a dialogar com os representantes sindicais e com os nossos colaboradores sobre desenvolvimentos futuros», não deixa de apontar a necessidade de «ter presente a situação atual do Laboratório ZEISS em Portugal e as suas perspetivas de futuro. Podemos ter opiniões diferentes sobre ideias para o futuro do Laboratório ZEISS em Portugal, mas não sobre os factos.»

A nota indica ainda que «a empresa preparou-se para uma potencial quebra de produção do laboratório ZEISS de Portugal e providenciou uma entrega contínua aos nossos clientes através da nossa rede global. Não devemos comprometer as necessidades dos nossos clientes, nos quais alicerçamos o nosso negócio e que estão sob muita pressão devido à situação pandémica.

Estaremos sempre disponíveis para o diálogo construtivo e realista.»


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