Câmara Municipal de Lisboa é alvo de de buscas por suspeitas de corrupção
A Câmara Municipal de Lisboa confirmou, esta quarta-feira, a realização de buscas no departamento de Urbanismo da autarquia, mas afirmou que as restantes declarações terão de ser dadas pelas autoridades judiciais.
“Qualquer esclarecimento deverá ser prestado pelas autoridades judiciais”, indicou à Agência Lusa fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com a CNN Portugal, a Polícia Judiciária terá realizado esta terça-feira (17), buscas na autarquia por “suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação”, numa nomeação para “prestação de serviços que foi assinada em 2015” pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, que é agora ministro das Finanças.
Ainda de acordo com o canal português, em causa estará “a viciação das regras para a contratação de um histórico do PS de Castelo Branco com vista à gestão das obras públicas na capital”.
“O Ministério Público acredita que o objetivo do esquema visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis”, acrescenta.
A Polícia Judiciária investigou o departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa e as casas e empresas de dois empresários, suspeitos de participarem num esquema de angariação de fundos de forma a suportar estruturas do Partido Socialista.
“Os alvos, por suspeitas de corrupção, são Joaquim Morão, histórico socialista e ex-autarca de Castelo Branco e de Idanha a Nova, e o seu amigo António Realinho, empresário da mesma zona do país, que até já cumpriu pena de prisão por burla”, refere o canal português.
Fernando Medina, já se pronunciou e em declarações à TVI, negou ter qualquer conhecimento ou envolvência nos alegados esquemas, acrescentando que “os processos de contratação da Câmara Municipal de Lisboa eram instruídos pelos serviços competentes para contratação, no cumprimento das normas aplicáveis”.
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