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Câmara de Setúbal poderá cair em breve

Poderá haver eleições intercalares em Setúbal caso Fernando Negrão e vereadores do PS renunciarem ao cargo.

Na passada sexta-feira a noticia do Expresso deu conta que os refugiados ucranianos que chegavam a Setúbal eram recebidos no Gabinete de Acolhimento ao Imigrante da Câmara Municipal por Igor Kashin e Yulia Kashina, o casal russo que também é responsável pela associação EDINSTVO, entidade que detinha contacto com os dados dos refugiados e que usava uma sede que era paga pela Câmara de Setúbal.

A SIC esta semana também deu conta em reportagem que os dois responsáveis pela EDINSTVO também prestaram serviços no IEFP nas instalações cedidas pela Câmara de Setúbal. Segundo a edição de hoje do Jornal Expresso adianta que concelhia do PSD Setúbal já fez saber que quer a demissão do atual presidente, André Martins [Eleito pelo PCP/PEV], na última reunião pública, o presidente da autarquia recusou falar do caso, dizendo só que “Entendemos que, a partir deste momento e até à conclusão destas diligências, deveremos evitar voltar a comentar publicamente este assunto“, afirmação que o PS e PSD não gostaram de ouvir pela parte de André Martins e exigiram respostas que não foram dadas.

O presidente eleito pelo PCP/PEV não tem a maioria e a sua imagem começa a estar fragilizada com a situação do caso de Igor e Yulia, esta funcionária da autarquia desde dezembro de 2021. O PSD já piscou o olho ao PS para que os socialistas também alinhem no derrube do executivo, mas os vereadores socialistas já avisaram que só se demitem caso os do PSD renunciem aos mandatos. Segundo o Expresso, já 14 membros da lista dos sociais democratas, incluindo suplentes – menos o cabeça de lista, Fernando Negrão – já entregaram o ofício de renúncia à concelhia.

Depois desse ofício a decisão final está nas mãos do deputado da Assembleia da República que não tem tido a mesma visão que o seu partido, estando isolado do resto da sua equipa de lista e até dos seus companheiros de partido.

Fernando Negrão entende que “é preciso uma certeza mais sólida“, só depois dos resultados dos inquéritos é que poderá ser analisado toda a situação, embora que o vereador do PSD afirme que o caso é preocupante e admite que alinha se caso houver uma renúncia dos vereadores do PSD e do PS.

As investigações que vão ter lugar, estão na Inspeção-Geral de Finanças e na Comissão Nacional da Proteção de Dados, esta última que foi contactada pelo Diário do Distrito e que não nos respondeu às questões apresentadas sobre o caso.

Na Assembleia da República a comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, já fez saber que quer ouvir várias entidades e personalidades como responsáveis pela espionagem portuguesa e pelo sistema de segurança. A embaixadora Graça Mira Gomes, secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), e o embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI). O primeiro-ministro, António Costa, também falou do caso e esta semana referiu que os serviços de informações estavam atentos ao caso dos refugiados ucranianos, mas não explicou nada mais sobre o caso.

No concelho de Aveiro também houve uma associação que dava apoio a refugiados que foi afastada desse serviço de acolhimento.


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