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Brasil: Paulo Vaz – “Popó Vaz” – encontrado morto após semanas de ataques transfóbicos

O polícia brasileiro e ativista dos direitos LGBTIQA+ Paulo Vaz, de 36 anos, morreu esta semana, aparentemente por suicídio.

Conhecido como Popó Vaz, era um dos poucos homens trans em funções na Polícia, onde exercia funções de investigador.

Paulo Vaz vivia desde 2018 com o marido, o influencer Pedro Henrique Mendes Castilho (Pedro HMC), do Canal Põe na Roda.

A morte do polícia acontece depois de ter sido alvo de vários ataques transfóbicos nas redes sociais nas últimas semanas.

“Infelizmente, perdemos mais um de nós, que não aguentava continuar com uma discriminação tão violenta e desumana”, denunciou ontem a Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA).

Também Daniela Mercury lamentou a morte de Paulo Vaz no Twitter.

Eduardo Rubiño, deputado espanhol e ativista dos direitos LGBT, escreveu esta sexta-feira no Twitter que “quando isto tem o ódio como causa, não é suicídio. É assassínio”.

Como lembra o site Dezanove, em 2018 Paulo Vaz concedeu uma entrevista ao portal brasileiro G1 a explicar como foi crescer enquanto criança trans.

“Eu sempre fui diferente. Sentia uma angústia o tempo todo. Fui uma criança bem masculina. Na adolescência, quando começaram a nascer os seios, comecei a me sentir mais desconfortável. Eu queria ser homem, mas na época não sabia que isso existia. Tinha medo das pessoas acharem que eu era doido se dissesse isso”, contou Paulo.

“Hoje eu olho no espelho e não tem mais aquela angústia. Estou onde eu queria estar profissionalmente. Sinto-me realizado”, concluiu Paulo Vaz na altura.


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