Almada

As Comunidades de Energia são uma aposta para o Futuro

Na terça-feira o Fórum municipal Romeu Correia em Almada decorreu a sessão sobre o manual “Comunidades de energia- apresentação do guia prático

A conferência teve como principal intuito a sensibilização ecológica, expondo como é que as comunidades de energia poderão ser o futuro.

Os oradores presentes foram Ana Rita Lopes e Guilherme Luz, ambos da cooperativa Coopérnico, Natália Moreno, da FDUC (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra), Chris Vrettos, da Electra Energy Cooperative, Miguel Macias Sequeira, da parceria local de Telheiras, Diogo Salvador, do Estuário Coletivo, e por último Catarina Alves da AGENEAL.

Duarte d’ Araújo Mata, chefe do DIACS da CMA, abriu a sessão e declarou que as comunidades de energias são um potencial de resposta e “o plano climático são oportunidades económicas para melhorarem a nossa qualidade de vida”. Referiu ainda que “as empresas estão neste momento também a virar-se a toda velocidade para esta transição energética”.

De seguida Ana Rita Antunes, Coordenadora Executiva da Coopérnico, realçou que a organização “para quem não conhece é a primeira cooperativa de energia renovável do país” e “têm 2 megawatts de potência solar instalada em todo o país de forma descentralizada que gerimos”.

Guilherme Luz, membro da Coopérnico, referiu que em Portugal as comunidades de energia incidem mais na energia fotovoltaica.

Natália Moreno, professora na FDUC, debateu sobre direito ambiental e afirmou que o decreto de lei 15/2022 “atualiza no geral o marco regulatório para o setor elétrico e não apenas muda algumas questões essenciais relacionadas às comunidades de energia renovável como também apresenta as comunidades de energia de cidadãos para a energia”.

Após uma temática mais teórica, a sessão passou para a apresentação dos projetos locais e internacionais. Em primeiro lugar, a comunidade de energia Hyperion em Atenas na Grécia, que Chris Vrettos apresentou de forma remota.

O segundo foi a parceria local de Telheiras, apresentado por Miguel Macias Sequeira, o aluno de doutoramento da FCT-UNL, que afirmou que o projeto desenvolvido em Lisboa, com o apoio da CML tem tido bastante aderência da comunidade, tendo conseguido realizar um festival em 2022 cujo principal tema era sustentabilidade.

O terceiro projeto foi apresentado por Diogo Salvador do Estuário Coletivo, que referiu que uma comunidade de energias é alcançável, visto que a sua iniciativa promove igualmente práticas comunitárias de autoconsumo, tal como a proposição de pôr painéis solares dentro do condomínio. No entanto, o orador referiu que existe alguma resistência para essa mudança por parte de alguns vizinhos.

Por último, Catarina Alves da AGENEAL, apresentou o Sun4all sediado pelo programa Horizonte 2020. A oradora afirmou que o programa “começou em outubro de 2021 e vai-se prolongar até dezembro de 2024”, e fez ainda um balanço positivo do primeiro ano do projeto. O projeto decorre no Bairro dos 3 Vales, no Monte da Caparica, e tem o intuito de tornar os prédios autossustentáveis a nível energético a partir da instalação de painéis solares.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *