Cantinho da Bicharada

Animais de Rua defende que CED deve ser aplicado também a cães errantes

A responsável da associação Animais de Rua defende o alargamento aos cães do programa de captura, esterilização e devolução (CED) e posterior devolução dos animais aos locais de origem, considerando que essa é uma das soluções para o problema da sobrelotação dos Centros de Recolha de Animais Municipais.

A actual portaria que aprovou medidas para a criação de uma rede de Centros de Recolha Oficial de Animais e estabeleceu a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população, apenas prevê a existência de «programas de captura, esterilização e devolução (CED) ao local de origem para gatos errantes».

Segundo Ana Duarte Pereira, da associação Animais de Rua à Lusa, esta é «uma portaria vergonhosa, que apenas exceciona os gatos. Não podemos esterilizar, recolher e devolver os cães aos locais de origem, como se faz nas colónias de gatos.»

Sem números oficiais disponíveis, Ana Duarte Pereira disse não ser possível afirmar se houve ou não um aumento de matilhas de cães selvagens nos últimos anos, embora agora se ouça falar mais desse problema.

Ressalvando que o diploma que proibiu o abate de animais errantes é «uma ótima lei» e que, de forma alguma, a associação Animais de Rua quer que «se ande para trás» nesta matéria, a responsável apontou o alargamento dos programas CED como uma solução para o problema das matilhas selvagens.

Depois da captura, «tal como acontece com os gatos, os cães sem potencial para adopção deveriam ser vacinados e esterilizados e, posteriormente, devolvidos aos locais de origem, com a designação de um cuidador que ficaria responsável pela sua alimentação, entre outros cuidados» defende Ana Duarte Pereira.

«As matilhas normalmente já têm cuidadores, têm abrigo e alimento, e a esterilização desses animais permitiria que muitos se tornassem mais dóceis e sedentários, porque perdem o comportamento territorial», sendo um método que já é utilizado em muitos países, nomeadamente na Bélgica, e tem funcionado.

Alguns municípios, como Sintra e Matosinhos capturam os animais, mas não os colocam em jaulas, permitindo-lhes andar “à solta” nos parques dos centros de recolha de animais, mas nem todos os centros de recolha municipais têm esse espaço.


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