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Almada | Intervenção da EDP no Bairro 2 Torrão após quatro dias sem electricidade

Vários moradores do Bairro do 2 Torrão, na Trafaria, estão sem electricidade há cerca de quatro dias, o que está a causar transtornos, numa altura e área onde o frio se faz sentir com maior intensidade.

A situação tem vindo a arrastar-se há vários anos, e no último dia de 2021, uma sobrecarga queimou vários disjuntores e postes de electricidade.

Ao Diário do Distrito, Paulo Faísca, presidente da Associação de Moradores do Bairro do 2 Torrão, referiu que está neste momento a decorrer uma intervenção por parte de uma empresa subsidiária da EDP.

“Mas as pessoas estão aqui desde esta manhã, a aguardar autorização da EDP para poderem verificar o que ocorreu”.

Em relação às causas da situação, Paulo Faísca é peremptório: “uma sobrecarga, devido a uma situação que a EDP não quer resolver. Desde 2017 está tudo organizado, foi feito um protocolo que não estão a cumprir, falta realizarem os contratos com os moradores, para termos acesso à electricidade.

E depois dizem que são os moradores que ‘roubam’ electricidade, quando todos queremos ter os nossos contratos e ter electricidade como todas as outras pessoas.”

Indignado com o ocorrido, Paulo Faísca publicou também na página da Associação de Moradores um vídeo, no qual critica o posicionamento da EDP perante o protocolo que não tem vindo a ser cumprido.

“Temos postes de electricidade novos, ramais novos, iluminação nova e nada está ao serviço do povo.”

Durante estes dias, têm sido vários os pedidos de moradores e da Associação Cova do Mar – Fábrica dos Sonhos, que têm pedido lanternas e cobertores para garantir alguma comodidade sobretudo às crianças que residem no bairro.

«Há um impacto negativo na saúde mental e emocional, impossível de ser medido, de quem vive no desespero da escuridão das suas casas» desabafam as responsáveis da Associação.

«É preciso desconstruir o preconceito e estereótipo de que as famílias do Bairro do Segundo Torrão gostam de viver assim. É preciso mostrar que há famílias que querem ter a oportunidade de pagar a eletricidade das suas casas.

Estamos junto ao rio Tejo, na sua margem sul e faz mais frio dentro de algumas casas do que na rua.

Aqui, no Bairro do Segundo Torrão, os Direitos Humanos e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – defendidos pela @onu_portugal e pelo Alto Comissariado para as Migrações – tardam em chegar e ficam novamente em causa.»

Foi colocada a hipótese da Câmara Municipal de Almada acionar o Fundo Municipal de Emergência Social para ajudar as famílias, a qual o Diário do Distrito contactou hoje no sentido de saber de que forma a autarquia pode ajudar nesta situação, e aguardamos um esclarecimento.


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