Montijo

Actas, eleições e obras marcaram reunião camarária no Montijo

Uma declaração sobre o decorrer e os resultados eleições legislativas de 6 de Outubro apresentada por Nuno Canta, determinou uma das discussões da reunião camarária do Montijo.

“Uma clara vitória do PS e uma derrota do PSD, CDU e CDS-PP no Montijo, que reflecte o tipo de política que tem vindo a ser feita, quer por este executivo no cumprimento do programa apresentado, quer pela política rasteira e de populismo, e de perseguição pessoal, levada a cabo pela oposição.”

Em resposta a esta declaração Carlos Almeida (CDU) referiu que “utilizar esta eleição para apoucar as forças políticas da oposição é perfeitamente condenável. Agradecemos que não tenha esse tipo de comentários depreciativos.”

João Afonso (CDS-PP) optou por parabenizar o PS “pelo resultado obtido nestas eleições, embora em democracia nem sempre quem ganha tem razão”.

A segunda declaração apresentada por Nuno Canta versou a questão das actas das reuniões, tendo em conta que neste último ano os eleitos da oposição têm votado contra estas, por considerarem que não traduzem com exactidão as intervenções e declarações do presidente.

“O que pretendemos é criar um modelo de acta com que todos concordem, porque não há condições para continuar como até agora, com a aberração que é o posicionamento actual da oposição, que tenta ganhar assim o que perderam na eleição, sem dizerem sequer o que pretendiam que fosse alterado nestas” referiu o presidente, acrescentando que “nas actas o que realmente tem de constar é a apresentação e votação das propostas.

Para evitar estas aberrações e corrigir esta ‘entorse’ das reuniões do executivo, a partir de agora, sempre que um vereador queira que a sua declaração do período antes da ordem do dia, fique por inteiro registada na acta, terá de a entregar por escrito ou indicá-lo e fazer uma declaração oficial oralmente.”

A vereadora Ana Baliza e Carlos Almeida questionaram a decisão do presidente, com o vereador comunista a afirmar que “nunca deleguei em si desde que estou na Câmara Municipal, a forma como vou intervir. Ninguém vem para as reuniões com os textos manuscritos sobre assuntos que ainda não sabe que serão abordados.”

Também João Afonso referiu que “o voto contra nem tem a ver com a reprodução das declarações dos vereadores da oposição, mas sim daquilo que é dito pelo presidente, pelo que esta solução não resolve o assunto”.

Pátio do Gelo e concursos de
admissão de pessoal

No período antes da ordem do dia, os vereadores da oposição colocaram algumas questões, com Carlos Almeida a inquirir sobre o excesso de regas durante o Verão, a colocação dos novos ecopontos no concelho “que até colocam em perigo a segurança pública”, a situação do Pátio do Gelo, e a intervenção da Proteção Civil no espaço para garantir a proteção dos moradores, “porque a possibilidade de queda de paredes sobre os imóveis é aterradora, e que tipo de intervenção sobre o proprietário pode a autarquia realizar?”.

Sobre este assunto o presidente explicou que “trata-se de propriedade privada, e a autarquia tem regras para actuar dentro do que a lei permite. Os serviços estão a fazer uma prospeção histórica para saber a quem pertence o pátio porque nem os moradores nos deram o nome deste. Acerca dos ecopontos, estamos a verificar com a Amarsul sobre as localizações menos correctas.”

João Afonso questionou o executivo sobre o estado da Rua 14 de Dezembro em Pegões, “que foi intervencionada há oito meses pelo SMAS mas não foi feita a reparação do pavimento”, e solicitou ainda informação sobre dois concursos de admissão de pessoal, “um deles em que a candidata aceite é a que tem menor experiência profissional, que era um dos pontos de avaliação”.

Nuno Canta explicou que “até ao final do ano a rua será alcatroada, no âmbito de várias intervenções que estamos a realizar em vários pontos, mas temos tido dificuldade em encontrar empresas para esta obra”.

Sobre os concursos respondeu Maria Clara Silva indicando que irá obter informações, “mas os mesmos estão disponíveis para consulta nos termos da lei”.

Na reunião foi aprovada, com os votos favoráveis do PS e da CDU, e o voto contra do PSD/CDS-PP, a aquisição por 65 mil euros do lote de terreno que confina com o edifício da Galeria Municipal e Assembleia Municipal, “com vista a criar um acesso por elevador a ser colocado na lateral do edifício e também criar um espaço para albergar a Comissão de Festas do Montijo, que no passado já ali funcionou”, explicou Nuno Canta.

João Afonso apresentou uma declaração de voto onde explica que “o PSD/CDS-PP não está contra a aquisição, porque defende o aumento dos activos da Câmara Municipal, mas neste caso o valor de compra é superior ao valor da avaliação, o que não é aceitável no principio de transparência”, respondendo Nuno Canta com outra declaração onde referiu que “não há nenhum preceito legal conhecido que obrigue a Câmara Municipal a comprar pelos preços estimados nas avaliações”.

Outra aquisição aprovada, desta feita por unanimidade, foi a do prédio urbano onde funcionou a antiga fábrica do Isidoro, “uma área de quase 2 hectares, que engloba o terreno e o edifício, exercendo a autarquia o direito de preferência, o que nos permitiu obter um preço de 297,877 mil euros, no que considero o melhor negócio de sempre da Câmara Municipal do Montijo” frisou Nuno Canta.

“O nosso projecto para este espaço é a construção de moradias para rendas de custo controlado, permitindo que mais famílias se possam instalar no Montijo e também dando um primeiro passo para a reabilitação daquela que já foi a zona mais dinâmica da cidade.”

No período aberto à população interveio Fernando Eusébio, colocando várias questões relativas à mobilidade, esgotos, estacionamento e a situação de um veículo abandonado; Joaquim da Maia, agradecendo ao executivo pela compra dos edificios e o arranjo das escolas, mas também apontando alguns problemas relacionados com a mobilidade e solicitando alguns banquinhos “para as pessoas de idade se sentarem”.

Por fim, Pedro Lima, responsável dos Moinhos Vivos de Palmela, deixou o convite às escolas do concelho do Montijo para visitarem o espaço e para os alunos participarem nos workshops de fabrico de pão que realiza nestes equipamentos.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *