Opinião

A CDU – a asfixia de um sistema

Não ignoramos que a miragem do “sonho comunista” foi desmentido pela história e, sobretudo, pela natureza social e moral do ser humano. Nem o capitalismo deu lugar à “ditadura do proletariado”, nem nunca essa ditatura deu lugar ao “homem novo”, numa “sociedade nova”, conforme Marx havia cientificamente vaticinado.

Karl Marx errou, e errou na pretensão de cientificidade da sua tese. Mas Marx e sua obra fundamental – O Capital – vivem no subconsciente do comunismo português que, efectivamente, tem marcado a sua presença no Distrito de Setúbal, ao nível da Administração Autárquica.

Queira o leitor investigar mais profundamente as teses marxistas, e irá reparar que, para o comunismo, o Partido é a realidade suprema.

E nem outro postulado seria possível: efectivamente, para o Comunismo, toda a realidade social, nas suas inúmeras expressões, são manifestações da “superestrutura burguesa”, que importa combater.

Colocada nestes termos a questão, é compreensível o profundo espírito de solidariedade e entreajuda dos Camaradas Partidários comunistas. E nem poderia ser diferente: os não-camaradas são o adversário explorador burguês, aqueles que importa suprimir.

O que temos aqui, em termos partidários? Temos essencialmente uma visão classicista do mundo. O Partido Comunista, fiel aos dogmas de Karl Marx, é classicista, uma elite. Elite essa que deve, segundo Karl Marx, estender a sua influência às Instituições, através dos seus membros.

Mas o mundo mudou, mudaram as Instituições, mudou o Direito… mas o Partido Comunista não mudou! Não mudou a pretensão de procurar marcar presença nas instituições, procurando criar e cimentar uma clientela fiel e subserviente.

Clientela essa capaz de mobilizar o voto de inúmeras pessoas, em concreto aqueles que, de algum modo, tenham constituído um “banco de favores” aos caciques comunistas que, qual nomenclatura partidária, se apresentam como os grandes defensores “dos pobres e explorados” desta vida.

A CDU em Setúbal axfixiou-se na sua rede clientelar. E assim foi, porque a sociedade evoluiu: tornou-se crítica, sindicativa, pensante. E percebeu que, afinal, essa rede clientelar é apenas isso: clientela de muitas oportunidades feitas. Mudemos a frase: o sol brilhará para todos nós… mais para uns (a elite partidária) do que para outros.


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