Opinião

10 cêntimos em cartão continente ou pingo doce?

Uma crónica de Pedro Dias.

Ultimamente, todos temos sentido o peso do aumento dos combustíveis, nos bolsos, aumento esse que deriva muito da taxação do governo aos mesmos.

Os combustíveis atingiram preços históricos e qual a solução do governo, ao ver-se a perder popularidade e perante a indignação, tanto de empresas como de particulares com a diminuição do seu dinheiro ao fim do mês?

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Ou seja, 5 euros.

5 euros para famílias e empresas onde o preço dos  combustíveis fazem uma enorme diferença no orçamento do fim do mês.

5 euros?

Nem consigo dizer isto sem me rir, porque até os cartões das grandes superfícies comerciais,  conseguem descontos superiores. (Que são descontados na hora e não recebidos ao fim de alguns meses!)

A maioria dos portugueses não está a perceber dois cenários em curso.

O 1º cenário é, com o aumento dos combustíveis, tudo aumentará. Desde alimentos, a viagens, vestuário, etc. Iremos começar a notar nas superfícies comerciais, os preços a subirem, primeiro alguns cêntimos e depois à medida que a margem de lucro diminui, passam a euros, porque o consumidor final paga sempre a diferença! E num cabaz familiar de comida, alguns euros são suficientes para cortar em alimentos essenciais á alimentação diária.

O 2º cenário é, o governo durante cinco anos de crescimento, desde que tomou posse em 2015, aproveitando a folga orçamental  dos anos de austeridade, aproveitou-se dos portugueses e desse crescimento e nunca baixou impostos. Pelo contrário, aumentou-os.

Esse aumento foi alimentado pelo crescimento da máquina do estado, ajudas ao NovoBanco e a interminável ajuda á Tap.

Mas não contava com 2020. A pandemia fez com que o governo se apercebesse, que não havia dinheiro suficiente para ajudar os portugueses e salvar as suas embrulhadas. Resultou então, em medidas insuficientes para reavivar a indústria, servicos e a vida dos portugueses. 2021 começou com a grande promessa da bazuca. Mas o governo cedo percebeu que não tinha outra opção sem ser, continuar a exigir cada vez mais impostos directos e indirectos aos portugueses e empresas.

De momento temos a maior carga fiscal de sempre.

De momento temos os preços mais altos de sempre em combustíveis.

De momento temos que pagar cada vez mais por serviços que são insatisfatórios.

De momento temos um governo que dá 10 cêntimos por litro a descontar em ivavoucher.

O que não temos?

Um governo decente.


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