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Vitorino Silva não aprova tentativa de agressões em Setúbal

O candidato do RIR diz não ser rever naquilo que se passou ontem em Setúbal.

O candidato presidencial Vitorino Silva condenou hoje a tentativa de agressão ao adversário André Ventura, na quinta-feira, contrapondo que as pedras que levou para o debate com o candidato apoiado pelo Chega “foram atiradas com amor”.

“Não gosto daquelas pedras que atiraram ontem [na tarde de quinta-feira] e, desde já, mando um abraço ao André Ventura”, disse o também dirigente do RIR (Reagir, Incluir e Reciclar), durante uma ação de campanha virtual.

O candidato popularmente conhecido como “Tino de Rans” respondia a um apoiante da sua candidatura, que considerou que foi o único que “conseguiu calar” André Ventura durante os debates entre todos os aspirantes a Belém.

“Não fui, foram as pedras”, respondeu, aludindo ao momento em que retirou pedras de diferentes cores do bolso e as colocou em cima da mesa para falar sobre diversidade e criticar as posições do adversário.

O candidato acrescentou que as pedras, “naquele debate, foram atiradas com amor”.

Vitorino Silva comentou o episódio que marcou a tarde de quinta-feira de campanha eleitoral de André Ventura, em Setúbal.

Vários manifestantes, a maioria cidadãos de etnia cigana, atiraram pedras e outros objetos ao presidente do Chega e também deputado único do partido na Assembleia da República, em protesto contra as ideias defendidas pelo candidato, que acusa aqueles cidadãos de viverem “à custa” do Rendimento Social de Inserção (RSI).

O corpo de intervenção da PSP esteve no local e fez uso da força para dispersar os manifestantes, em ambiente de grande tensão. Pelo menos uma pessoa foi detida.

Os cerca de 100 manifestantes, que exibiam cartazes com a fotografia da antiga eurodeputada socialista Ana Gomes, gritaram “fascista” na direção do candidato populista.

Os seguranças de Ventura cobriram o deputado de extrema-direita e empurraram-no para dentro da viatura, que arrancou rapidamente, rumo a Évora.

Ana Gomes condenou o ataque e vincou que “ninguém atua de forma violenta” em seu nome.

André Ventura chegou a defender, no início da pandemia, em março de 2020, um plano específico de “abordagem e confinamento” para as comunidades ciganas, e nos debates televisivos tem acusado estes segmentos da população de viverem “à custa” do RSI.

O candidato a Belém tem sido recebido com protestos em várias iniciativas ao longo do país e no primeiro dia de campanha oficial (10), em Serpa, no Alentejo, clamou “vão trabalhar” a um conjunto de manifestantes, a maioria de etnia cigana e outros com cartazes antifascistas.

As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal no domingo, sendo a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia. A campanha eleitoral começou no dia 10 de janeiro.

Além de Vitorino Silva e de André Ventura também são candidatos: Marcelo (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, e o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan.


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