Política

Vice do Chega voltou a ser chumbado na AR

Depois de os nomes de Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro terem ‘reprovado’ no início da legislatura, esta quinta-feira foi o deputado Rui Paulo Sousa a ser ‘chumbado’ pelos pares.

À terceira ainda não foi de vez. O Chega voltou, esta quinta-feira, a ver o nome proposto para vice-presidente da Assembleia da República (AR), desta feita Rui Paulo Sousa a ser reprovado pelos pares, à semelhança do que, no início da legislatura, já tinha sucedido com Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro. 

De acordo com o resultado anunciado no final do plenário, Rui Paulo Sousa, deputado eleito por Lisboa e vice-presidente da bancada do Chega, obteve 64 votos favoráveis e 137 brancos, quando precisava de 116 votos a favor para ser eleito. Votaram 213 dos 230 deputados, numa eleição feita por voto secreto em urna.

Apesar de o resultado ter sido o mesmo das ‘tentativas’ anteriores, o Chega manteve-se sem um ‘vice’ da AR, desta feita, PS e PSD ‘entraram’ mais diretamente na discussão. 

Durante a tarde, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhantes Dias, anunciou que iria votar contra a eleição do deputado Rui Paulo Sousa para o cargo de vice-presidente da Assembleia da República, enquanto Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, apelou aos deputados sociais-democratas que votassem a favor do candidato apresentado pelo Chega. 

Antes da votação no Parlamento, Luís Montenegro, presidente do PSD, fez questão de salientar que deu uma orientação no sentido de se votar favoravelmente ao nome proposto pelo partido de André Ventura, por “respeito pela Democracia” e pelo “povo português”, negando que tal fosse uma aproximação ao partido de extrema-direita. 

“Não sei qual é o drama, não sei qual é a questão, isto não tem a ver com nenhum tipo de entendimento ou aproximação política ou partidária. Tem a ver com respeito pelas regras do jogo democrático”, referiu ainda. 

Mesmo depois de o resultado estar firmado, a polémica não diminuiu. André Ventura acusou o PS de promover um “verdadeiro boicote” à eleição de um deputado do Chega à vice-presidência do Parlamento, com o líder parlamentar socialista a declarar que “há uma linha vermelha” que não será ultrapassada.

No final da votação, o presidente do Chega pediu a palavra para se queixar de um “verdadeiro boicote” ao seu partido. “É um boicote partidário, é um boicote ideológico, e é algo que não fica muito bem a uma câmara fazer, ainda que o Chega respeite o voto dos seus pares”, salientou, falando no “maior boicote que na Europa ocidental há memória a um partido político”.

Em resposta, Eurico Brilhantes Dias afirmou que os “120 deputados desta bancada votaram de forma livre e democrática, votaram com as suas convicções, votaram com o mandato que lhes foi dado pelos eleitores”, recusando a acusação de boicote. “Nesse mandato não estava nenhum boicote, mas uma linha vermelha para todos aqueles que são contra a Democracia e são contra o sistema democrático”, defendeu.


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