Opinião

#VermelhoemKabul ou o poder do Islão

Uma crónica de Bruno Fialho.

Ao contrário dos Talibãs e dos países onde impera a religião islâmica, considero que as mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens.

É por isso que contava com uma enorme onda de indignação dos portugueses na luta contra o machismo e misoginia que, desde há dias, voltou a imperar no Afeganistão.

Também estava à espera de que Fernando Medina voltasse a dar milhares de euros para a realização de um “Arraial Pride”, que serviria para denunciar a discriminação que os LGBTs sofrem no Afeganistão e em todos os países islâmicos.

E não posso dizer que estou satisfeito com o pessoal do MeToo, pois esperava mais desses adeptos ferrenhos defensores das mulheres que são assediadas ou vítimas de agressão sexual, algo que parece não acontecer nos países acima referidos, pois não se ouve uma única palavra dessa gente.

Inexplicavelmente não vi ninguém a pintar os lábios de vermelho para apelar à luta contra o machismo que existe no Afeganistão e nos países islâmicos.

Portanto, mais uma vez, uma determinada “elite” da sociedade portuguesa rapidamente se revolta perante comentários infelizes de um candidato à presidência da república, mas ficam calados perante as reiteradas violações ao princípio da dignidade humana que está a acontecer no Afeganistão e nos restantes países islâmicos, onde as mulheres passaram a ser tratadas como um objecto.

Para os amantes da liberdade e da sociedade aberta digo-vos, libertai-vos e vão todos para Kabul da próxima vez que acusarem Portugal de ser um país machista, racista ou lgbtfóbico.

É que esta malta dos “mimimis” parecem os comunistas a gritar contra o capitalismo e depois vão fazer compras na 5.ª Avenida, em Nova Iorque, ou aqueles que faltaram às aulas de história e vão para Paradas Gay com a t-shirt do reputado assassino de homossexuais, Che Guevara.

Assim, pergunto: o que vamos fazer perante a violação de Direitos Humanos que está a acontecer em Kabul?

Presumo que Portugal não consegue fazer nada pelo povo afegão, mas, na verdade, até podíamos fazer alguma coisa, nem que fosse apelar à Organização das Nações Unidas (ONU), já que que o secretário-geral até é português, mas um cobarde porque apelou ao diálogo e à colaboração com terroristas, e propúnhamos o uso de uma intervenção militar internacional que, nos termos da Carta das Nações Unidas, com base no capítulo VII, quando necessária para deter violações de direitos humanos, é legitima.

Esqueçam isso, eu tenho noção que os “portugueses da elite” apenas têm coragem para pintar os lábios de vermelho quando o assunto é banal, mas para apoiar todos os que não têm culpa de ter nascido num país islâmico, mas que sofrem diariamente devido a isso, nada dizem, porque podem ofender algum lóbi ou mecenas que lhes permite fazer campanhas eleitorais.

Como eu não tenho receio de dizer aquilo que muita gente pensa, e bem, considero que há muito tempo o Ocidente devia de ter proibido manifestações públicas de actos ou símbolos religiosos islâmicos que atentam à dignidade da mulher, nomeadamente o de usarem fora de casa a Burka, Xador, Nicabe ou o Hijabe, bem como proibir quaisquer ajuntamentos de religiosos islâmicos, tal como temos visto em países como Inglaterra ou aqui mais perto, no Martim Moniz.

Também não considero normal que nos países islâmicos as igrejas sejam proibidas e aqui ajudamos com milhões a construção de mesquitas.

Sei que alguns islâmicos não defendem a idiotice daqueles que se dizem radicais, mas, na verdade, esses são poucos e para matar o mal pela raiz, temos de combater os radicais vigorosamente.

E defendo isto porque não podemos consentir liberdade religiosa a extremistas, seja de que religião forem, pois isso vai contra a dignidade humana que todos temos o dever de defender, da mesma forma que sou contra os radicais islâmicos, também sou contra um pai ou mãe Jeová poderem impedir que um filho de levar uma transfusão de sangue.

O extremismo religioso, principalmente o islâmico, não se combate com batom vermelho, mas sim eliminando toda e qualquer possibilidade de ele existir ou desenvolver-se, o que apenas se consegue com a tomada de posições fortes, nomeadamente o de fazê-los passar (aos que professam essas ideias) aquilo que fazem os ocidentais passar nos países islâmicos.

Se no Ocidente as mulheres de um Califa, Sultão, Paxá, Xeque, Xá, Aiatolá, Imã, Mulá, Ulemá, Vizir, Emir, Marajá, ou Rajá fossem obrigadas a andar na rua sem as vestes que as diminuem na sua condição humana e isso fosse transmitido para os respectivos países, onde eles são donos e senhores da razão e da lei, acredito que os radicais islâmicos há muito que já tinham calado o pio e mudado de opinião em relação às mulheres.

Porém, já me contentava se os idiotas dos lábios vermelhos fizessem um movimento #VermelhoemKabul contra o poder do Islão.


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