Opinião

Vamos atirá-los Borda Fora

Caríssimos(as) leitores(as) ora mais uma vez cá estou de volta. Já estamos a caminho das eleições legislativas a passos largos. Agora que já só faltam 3 semanas para as eleições legislativas.

Foram 4 anos bastante suis generis mas que provam aquilo que eu sempre disse:

EM POLÍTICA O QUE HOJE É VERDADE AMANHÃ É MENTIRA.

Mas vamos lá a desenvolver o tema. À 4 anos quando eu dizia nas redes sociais aos simpatizantes do BE e PCP. Que António Costa os teria metido no bolso mas que os chutaria pela borda fora na primeira oportunidade ninguém acreditou. Aliás ainda há quem não acredite e afirme com fé: “António Costa não vai abandonar os amigos”. Vocês que leem estas linhas que me desculpem a franqueza mas dá vontade de quando se ouve uma afirmação destas só consigo atirar-me para o chão a rir.

Vamos lá então por partes CDS-PP e PSD com a coligação PAF (Portugal à frente). Apanharam o país nas lonas após o consulado de José Sócrates que até tinha maioria absoluta. O dinheiro entrou no país através dos empréstimos do BCE e do FMI. Quiseram ir além da troika. Mas não aproveitaram para fazer reformas nenhumas no estado. Optaram por fazer apenas os cortes cegos. É certo que os cortes são uma forma rápida de juntar dinheiro. Mas as reformas são a forma de poupar dinheiro a longo prazo. Mais acabam por fortalecer o país. Decidiram privatizar o que conseguiram. Mas o grande calcanhar de Aquiles foi o fundo de resolução dos bancos.

Em 2015 nas legislativas apesar de terem maioria não formaram governo pelas razões já sobejamente conhecidas.

E ao passarem para a oposição não souberam aproveitar o tempo para construir uma narrativa de alternativa nem os trunfos das medidas que já em 2014 estavam a produzir resultados económicos ainda que tímidos.

BE e o PCP e PEV durante 4 anos deram a mão ao PS conseguindo impor as suas reivindicações e obtendo ganhos de causa. Não se envolvendo directamente nos custos da governação. Travando também as reformas que o estado muito necessitava. Jogaram com o capital financeiro acumulado pela governação anterior que permitiu repor os rendimentos ao seu eleitorado. Sendo que a maior parte dele depende directa ou indirectamente da maquina do estado. A titulo de exemplo as 35 horas semanais só foram implantadas no sector publico. E o salário mínimo no privado são 600 euros e no público 635 euros.

Claro que também tiveram perdas mas foram ao nível eleitoral quer nas autárquicas quer nas europeias e quem perdeu mais em ambas foi o PCP.

Isto para este partido é principalmente grave uma vez que se não fosse o PCP não Costa teria sido Primeiro ministro.

As nódoas políticas para o BE foram o caso Robles. E para o PCP os casos de Loures e Seixal. Ainda que sem grande dano.

Chegam a estas eleições com um único objectivo claro impedir o PS de chegar à maioria absoluta. Tirando isto não há grandes novidades. O PCP tem a sua agenda já sobejamente conhecida quase nem vale a pena ler o programa. Algo que eu fiz. O BE é algo “interessante” tem um discurso embrulhado num papel bonito. Mas é só isso. Não tem um projecto para a nação a única coisa que sabem fazer é comportarem-se como miúdos mimados que só querem que os pais lhes paguem os devaneios. Aliás basta olhar bem para a click do BE para perceber que nunca fizeram um chavelho na vida. Uma esquerda chic que anuncia preocupações sociais mas que vive aburguesadamente dos privilégios obtidos pelo trabalho dos pais e avós. Com a honrosa excepção das manas Mortágua cujo pai já era um delinquente. E após a reforma agrária foi transformado em “empresário agrícola”.

O PAN lá tem feito o seu caminho. Talvez a sua maior qualidade ao nível político tenha sido conseguir passar na AR algumas medidas. E ao mesmo tempo conseguiu passar 4 anos de forma discreta fruto das guerras entre os dois lados do hemiciclo. Apenas teve que lidar com o caso do grupo I.R.A. (Intervenção e Resgate Animal) algo que deu que falar mas que o tempo apagou da memória da maioria dos eleitores.

O PSD e o CDS estes erraram, no tempo e no modo. Erraram na campanha anterior por não terem sabido explicar e potenciar o trabalho que fizeram durante a intervenção da TROIKA. Ficaram agarrados a um revanchismo uma birra. Dando combustível à narrativa de Costa de que a culpa era do Paços Coelho. Chegaram às europeias com perdas e não souberam preparar as eleições legislativas. Pior ainda têm sido as lutas autofágicas e intestinas no PSD.

De cereja em cima do bolo deixaram-se enredar na guerra com os professores.

Dando mais uma vez combustível a António Costa que os rotulou de irresponsáveis que prometem aquilo que não sabem se há dinheiro para cumprir.

O PS conseguiu chegar ao poder tendo como muletas o BE e o PCP. Mesmo não tendo a legitimidade eleitoral passaram a trabalhar numa base da legitimidade parlamentar. Foram fazendo concessões ao BE e PCP mas sem largar o braço da TROIKA. Ou seja tornaram-se novamente o partido charneira. Jogaram como sempre souberam jogar com a geometria variável. Algo que faz parte do ADN deste partido.

Aos poucos conseguiram dar a ideia de uma governação estável. Conseguiram sempre a aprovação dos orçamentos de estado que apresentaram. Conseguiram ficar com os louros: 1 – das medidas de recuperação de rendimentos.  2 – Com as medidas dos passes sociais. E etc.

Por outro lado usaram os impostos indirectos para financiar as medidas sociais que propunham. Deixaram degradar o serviço nacional de saúde.

Deixaram a situação dos incêndios ficar descontrolada com 117 mortos oficiais em 2017.  O caso acabou com a demissão da ministra à época.

De seguida foi o caso Tancos e as trapalhadas e tentativas de encobrimento de responsabilidades políticas. E Interesses de passar uma imagem política irreal.

As greves dos professores foram mais um caso a juntar à fogueira.

Mas quando tudo parecia controlado com o PS e a sua esquerda a controlar tudo surgem as greves de sindicatos independentes: Estivadores em Setúbal; Enfermeiros e por fim os camionistas. Isto tudo com sindicatos independentes que não são controlados à partida por partidos políticos.

Depois vieram as golas que queimaram um assessor e um secretário de estado.

Agora estamos à beira do acto eleitoral. O PS aparece como um partido estável com as contas certas. Bem até pode ser mas não nos esqueçamos que grande parte disto se deve às medidas do governo anterior. E dos estímulos à economia dados pelo BCE através da política de juros baixos e da compra massiva da divida nacional a juros de quase zero por cento.

Já dá para que o vice-presidente da bancada parlamentar socialista vir dizer que:

Temos que nos livrar dos empecilhos.” Obviamente que isto é dito por ordem de António Costa que assim vai mantendo aquele sorriso seráfico. Costa é o exemplo acabado do político do livro de Maquiavel. Ele não pede a maioria absoluta. Talvez porque nestes últimos tempos as sondagens começam a dar outros resultados. Costa sabe que agora para governar não vai precisar de estar amarrado ao BE e ao PCP.

O PS vai ganhar estas eleições só não sei se com maioria absoluta. Poderá contar com o PSD e o PAN para fazer passar os orçamentos.

E portanto vai deixar cair o BE e o PCP. Já hoje Mário Centeno veio dizer que as propostas do BE eram orçamentalmente irrealistas.

Vamos esperar então por 6 de Outubro para ver se eu tenho razão. Aproveito para vos desejar uma boa participação eleitoral com um voto em consciência.

O mote para esta campanha eleitoral vai ser:

Votem com a carteira. ATIREM OS EMPECILHOS BORDA FORA!!!


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