Seixal

Urbanismo, Hospital e vacinação na reunião camarária no Seixal

O executivo da Câmara Municipal do Seixal reuniu esta quarta-feira, e no período aberto à população intervieram três munícipes, dos sete inscritos.

Laudelina Emídio, presidente da Associação de Comproprietários da AUGI FF82 da Quinta das Flores, solicitou a intervenção do presidente para “verificar os valores de cálculo de compensações apresentados pela Comissão de Avaliação para os vinte lotes que faltavam, que são exorbitantes. Para os 149 lotes foi pedido 24 mil euros, e agora para 20 lotes é pedido 70 mil euros. No entanto, quando reunimos consigo em Outubro de 2020, tudo tinha ficado decidido teoricamente, e esperávamos ter resolvido o impasse.”

Em resposta, o presidente Joaquim Santos explicou que “é preciso ter em atenção que o regime geral de compensações foi-se alterando mas estamos sensíveis à questão e comprometo-me a verificar e analisar o assunto para encerrar o processo”.

Moradora em Marisol, Anne Sophie Dentinho pediu mais atenção a esta zona “que não tem ciclovias, passeios ou passadeiras, o que não garante a segurança na Avenida do Mar. Sei que está também prevista a construção de um parque, mas até agora não vimos nada.

Esta zona parece estar esquecida pela Câmara Municipal, será por estar na fronteira com Almada? Mas está a desenvolver-se rapidamente, e precisa de mais atenção, porque o Seixal tem de ser para todos.”

Joaquim Santos admitiu “carências nessa zona” e confirmou o projecto de “um parque para a zona com várias valências”, além de ter sido concertado “com o município de Almada a construção de uma ciclovia até à Fonte da Telha, mas nenhum dos municípios conseguiu fazer a obra, que está em projecto”.

Por fim, Carlos Vieira explanou a urgência da construção do Hospital no Seixal “porque só quem vai ao Hospital Garcia de Orta é que sabe o horror que ali se vive, pelo que é preciso que a autarquia faça mais pressão para a sua construção”, ao que Joaquim Santos respondeu que “o bloqueio a esse processo ficou a dever-se aos governos PS e PSD.

Após ter sido desbloqueada a construção, o processo foi novamente parado porque o segundo classificado do concurso público impugnou os resultados, perdeu em tribunal e recorreu. Mas mesmo quando o processo recomeçar, levará tempo até ser construído.”

Outro assunto levado à reunião pelo munícipe foi a gestão do aterro sanitário da Amarsul em Belverde “que já ultrapassou todas as quotas, além de não ter sido cumprido o prometido de se fazer ali campos de golfe após o encerramento das diversas células”.

Em resposta Joaquim Santos explicou que “quem gere o aterro é a Mota-Engil. Da parte da autarquia entendemos que isto tem de terminar, porque temos noção de que não está a ser cumprido o que ficou acordado e este aterro tem de ser encerrado.”

O vereador Francisco Morais (BE) criticou “a falha enorme no apoio urbanístico desta autarquia, que devia já ter um gabinete dedicado a estas questões para apoiar os moradores”.

Acerca dos pedidos para a zona da Marisol “recordo que foi dito por este executivo que ‘era a terra dos ricos’, mas todos merecem o mesmo tipo de infraestruturas, no entanto todos os serviços para esta população estão do lado do concelho de Almada. Há muito por fazer na Marisol.”

Por sua vez, Eduardo Rodrigues (PS) referiu que “a Avenida do Mar continua na mesma há décadas, ao passo que Almada se prepara para fazer ali uma intervenção de fundo”, e sobre a questão do Hospital, destacou “o exemplo de Sintra que irá investir 50 milhões de euros para construir um hospital, a diferença entre ser criativo ou reactivo”.

O vereador socialista concordou com a postura do presidente sobre o aterro “que tem de ser encerrado, e se for preciso, criemos uma guerra, com bloqueio das vias de acesso ou protestos com a população. Estamos perante um atentado ambiental, e é isso que se exige à Câmara Municipal, que seja interventiva. Estamos dispostos a ir para a luta, e desafio o PCP a fazer o mesmo.” Em resposta Joaquim Santos agradeceu “a sua vinda à luta”.

 

Jovens não estão a responder à vacinação

 

Na habitual informação prestada pelo presidente sobre a situação de covid19, Joaquim Santos congratulou-se “pela descida dos números em toda a Área Metropolitana de Lisboa, excepto nos concelhos de Almada e Cascais, o que é um excelente sinal.

O Seixal está no bom caminho em termos de decréscimo dos números, com 255 casos por 100.000 habitantes, colocando-nos no limite para o patamar inferior.”

No entanto o edil lamentou que “embora tenhamos indicação de que os Centros de Vacinação vão estar em funcionamento até ao final de Outubro, tive informação recente de que a procura por parte dos jovens, a quem está destinada a vacinação agora, está a ser abaixo do previsto. Temos vacinas e equipas, mas não há jovens e crianças a vacinar-se.

O Governo, com a ajuda da autarquia, deverá procurar formas para inverter esta situação.”

 

Construção na Arrentela e apoios para CROAC

 

Em período de intervenção dos eleitos, o vereador Nuno Moreira (PS) questionou sobre o processo de fiscalização “da edificação que está a nascer na Arrentela, mesmo junto à  igreja, um assunto que já aqui trouxe e tendo ficado o executivo e ver se houve acompanhamento por parte da autarquia em termos arqueológicos, uma vez que se insere na malha urbana antiga da Arrentela.”

Joaquim Santos garantiu que “irei procurar essa informação, tem toda a razão, trata-se de uma zona altamente sensível em termos históricos, é nosso dever pugnar por que novas urbanizações se enquadrem nas zonas históricas. Vamos verificar essa questão.”

A vereadora Elisabete Adrião (PS) interrogou o presidente sobre a candidatura “a um programa que o Governo lançou com incentivos financeiros para garantir o bem-estar animal, e requalificação dos Centros de Recolha de Animais de Companhia, no seguimento dos efeitos da pandemia. Tendo em conta que a candidatura tem de ser apresentada até 15 de Outubro, vai a Câmara Municipal candidatar-se?”.

A resposta do presidente foi afirmativa “uma vez que a autarquia está a aproveitar tudo o que são financiamentos, porque o bem-estar animal é uma área muito importante para nós”.


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