Distrito de SetúbalDistritos

Ultimato dos estivadores à administração do porto de Setúbal

O Sindicato dos Estivadores acusou o grupo YILPORT, concessionário do terminal multiusos de Setúbal, de «má-fé negocial e práticas anti-sindicais ilegais» e fez um ultimato para conclusão das negociações do Contrato Coletivo de Trabalho até 25 de abril, alertando ainda os estivadores que «tomou conhecimento de provas irrefutáveis sobre o envolvimento da Yilport na criação de mais um sindicato tóxico, entidade paladina para validar CCT à medida das ambições patronais».

Face ao que consideram ser a participação de empresas na formação de um novo sindicato no porto de Setúbal, o SEAL está a dar «um espaço de alguns dias» para a YILPORT encontrar uma solução e decidir o novo Contrato Colectivo de Trabalho.

Segundo António Mariano, presidente do SEAL, Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística, à Lusa, «temos provas que, através do seu gabinete jurídico, a YILPORT participou na certificação dos documentos que fazem parte do processo de registo deste novo sindicato (Sindicato 265), sendo que é completamente vedada a participação de empresas, a qualquer título, na formação de sindicatos. Seria perverter o equilíbrio de forças.»

Em comunicado hoje divulgado, o SEAL refere também que o novo sindicato 265 «foi constituído por 8 dos 10 trabalhadores que durante o processo de luta dos seus companheiros de profissão (no final de 2018) os abandonaram, assinando contratos individuais com a OPERESTIVA/YILPORT, cedendo ao assédio patronal que assim queria impedir o acordo que, numa primeira fase, conduziu à assinatura de contratos sem termos com 56 estivadores e, numa segunda fase, consagra a contratação de mais 10 a 37 dos remanescentes estivadores com vínculo precário».

O SEAL não concorda com a última proposta salarial para o novo Contrato Coletivo de Trabalho, «que apresenta valores inferiores aos que já tinham sido propostos pelas mesmas empresas portuárias aos estivadores do porto de Setúbal, em junho do ano passado» e defende ainda que «deve ser reconhecido o tempo de serviço dos trabalhadores precários que exercem atividade há muito tempo no porto de Setúbal».

Da parte das empresas de trabalho portuário ligadas ao grupo YILPORT não houve comentários.

 


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