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Trânsito no Montijo: “Caos que não é caos”

O trânsito na cidade do Montijo esteve em destaque na última reunião pública do executivo do Montijo.

Os vereadores da oposição questionaram a Câmara Municipal, a propósito do que consideram ser um “trânsito caótico” na cidade, tendo em conta que há obras em várias artérias, com cortes totais ou parciais de vias.

A vereadora da CDU, Ana Baliza, questionou que “tipo de gestão está a ser feita na cidade”, por existirem “várias vias cortadas ao mesmo tempo e há dificuldade no acesso às principais artérias da cidade”. Ana Baliza referiu a importância da necessidade de “evolução, e todo o transtorno que isso pode originar”, mas sublinhou que “tudo ao mesmo tempo, torna a mobilidade na cidade caótica”.

“Não consideramos o caos de trânsito no Montijo”, foram as primeiras palavras do presidente da Autarquia, Nuno Canta, que acrescentou existirem “limitações”. O autarca explicou que há novas infra-estruturas a serem construídas, “o que virá melhorar a cidade, pois são necessárias para a qualificação das redes, quer viárias, quer de abastecimento de águas ou esgotos”.

Nuno Canta acrescentou que “as obras junto à rotunda das Portas da Cidade, deverão estar prestes a terminar, pois está a ser já colocado um novo tapete de asfalto”. Quanto a outra das preocupações apontadas, as obras junto à fábrica da Isidoro, o autarca lembrou que se “trata de uma obra de grande dimensão, que respeita aos esgotos da futura loja Lidl, e que trará uma compensação de mais de 800 mil euros exigidos ao proprietário”. Quanto a tempos, Nuno Canta disse que “a obra deverá durar até finais do mês de dezembro, início de janeiro”, altura em que as restrições do trânsito naquela zona deverão ser aliviadas.

Por seu lado, o vereador do PSD, João Afonso, frisou que “a situação do trânsito na cidade do Montijo, não é apenas uma consequência das obras, mas sim de um conjunto de problemas estruturais”.

No seu discurso, o vereador da oposição lembrou algumas das obras cujos projetos chegaram a estar em cima da mesa, como “o novo acesso à Ponte Vasco da Gama que se fala há anos”: João Afonso considera que é um “problema estrutural que afeta o acesso à cidade do Montijo e o próprio trânsito local”, evidenciado ainda “os quilómetros de filas para aceder à cidade do Montijo”.

Também a circular externa foi algo apontado pelo vereador da oposição que a considerou “uma circular amputada”… João Afonso mostrou-se preocupado pelo fato de ser difícil “ultrapassar a dependência do automóvel”, e explicou que, “no Montijo ou andamos a pé ou de carro próprio ou de táxi… não há transportes públicos, não há qualidade, e assim não só estamos dependentes do carro, como vêm as questões ambientais e até económicas, dado o valor do preço dos combustíveis”.

O vereador do PSD rematou dizendo que “a cidade está mal planeada, e que há anos que não há um estudo de planeamento sobre o tráfego na cidade do Montijo”, lembrando “o aumento previsível da população na cidade, e tendo o Montijo os mesmos problemas estruturais, leva a que não haja capacidade de escomento de trânsito em várias artérias, entradas ou saídas”.

Em jeito de resposta, o presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta evidenciou que “se a Lusoponte quiser construir um novo acesso, o município espera por isso há muito tempo”, e acrescentou que “não seria a circular externa a resolver os problemas de trânsito na cidade, porque a via não iría servir diretamente os bairros da cidade”.

Dizer ainda que, no campo das acessibilidades, o tema Aeroporto na Base Aérea nº6 no Montijo foi ingrediente obrigatório: Nuno Canta lembrou que, “quer o acesso da Auto-Estrada, quer uma alternativa à Estrada Nacional 4, a variante da Atalaia foram intenções inseridas no dossier Aeroporto”.


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