Economia

Trabalhadores exigem negociação das carreiras da Saúde

Farmácias hospitalares, laboratórios, unidades de saúde familiar, centros de saúde e serviços de atendimento geral estiveram encerrados

Com taxas de adesão à Greve superiores a 70% em todo o território continental e nos Açores, os trabalhadores das carreiras gerais e especiais do setor da saúde deram no passado dia 1 de julho um sinal claro de que estão dispostos a lutar pela melhoria das propostas apresentadas recentemente pelo Governo, pela revisão das carreiras, pela criação de carreiras específicas para os assistentes técnicos (técnico administrativo de saúde) e para os assistentes operacionais (técnico auxiliar de saúde), pelo pagamento do trabalho extraordinário, bem como pelo reforço de recursos financeiros e humanos que permita normalizar o funcionamento dos serviços.

De norte a sul do país, assim como nos arquipélagos dos Açores e também da Madeira milhares de consultas programadas ficaram por realizar, análises não se efetuaram nem foram marcadas, farmácias hospitalares, laboratórios, unidades de saúde familiar, centros de saúde e serviços de atendimento geral estiveram encerrados, e registaram-se constrangimentos em todos os serviços de prestação de cuidados de saúde não urgentes.

Após o chumbo parlamentar da proposta redutora apresentada pelo PAN, que previa apenas a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, a FESAP espera que o Governo, já na reunião entretanto convocada para o dia 27 de julho, valorizando a negociação coletiva, apresente aos seus sindicatos propostas abrangentes e que respondam de forma satisfatória aos problemas de todos os trabalhadores do setor da saúde e não procure apenas corresponder às exigências de alguns grupos profissionais.

A FESAP, esperando que o Governo corresponda às justas reivindicações dos trabalhadores e evite outras jornadas de luta, partirá assim para a reunião de 27 de julho com as mesmas exigências que conduziram à convocação da Greve, nomeadamente: a valorização salarial que permita recuperar o poder de compra que vem sendo progressivamente perdido; a revisão das carreiras subsistentes e não revistas, como é o caso da carreira de técnico superior de saúde e da carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica; a criação de carreiras específicas em todas as áreas do setor da saúde, como sejam as carreiras de técnico administrativo de saúde e técnico auxiliar de saúde para todos os assistentes operacionais; a adoção do vínculo único de emprego público, de modo a resolver as injustiças e a proceder ao reposicionamento remuneratório dos trabalhadores com Contrato Individual de Trabalho (CIT), com contagem total do tempo de serviço, evitando que trabalhadores com 20 e mais anos de serviço aufiram o salário mínimo nacional; o reforço do Serviço Nacional de Saúde, em termos financeiros e humanos; a valorização das carreiras de assistente técnico e assistente operacional e o pagamento do trabalho extraordinário.


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