Trabalhadores da limpeza e recolha urbana da Câmara Municipal de Almada admitem greve
Os trabalhadores da limpeza e recolha urbana da Câmara Municipal de Almada ameaçam com greve a 13 e 14 de Junho, caso o executivo liderado por Inês de Medeiros não recue na imposição de novos horários.
A decisão dos trabalhadores foi tomada durante os plenários realizados nos dias 20 e 21 de Maio, e é avançada em nota de imprensa pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN).
No documento, o STAL sublinha que a decisão dos trabalhadores surge em resposta à tentativa do executivo camarário de Almada «implementar horários na varredura, brigada de apoio e recolha urbana que contrariam os princípios mais básicos e que contrastam com a falta de meios humanos e técnicos para a prestação do serviço», colocando em causa a conciliação da vida profissional com a social e familiar, a preservação da saúde e segurança no trabalho, obrigando-os a trabalhar na rua nas horas de maior calor, bem como a prestação do serviço público.
«O executivo tenta agora instalar horários que significam um verdadeiro retrocesso na vida dos trabalhadores. Desrespeitando o ACEP [Acordo Colectivo de Empregador Público], pretende colocar os trabalhadores em regime de adaptabilidade, ou seja, o horário será aquele que o patrão entenda, possibilitando a aplicação de dois horários que, no Verão, são nocivos à saúde dos trabalhadores», lê-se no documento.
O STAL refere que os trabalhadores aprovaram, por unanimidade, uma resolução que já foi entregue ao executivo da Câmara de Almada, na qual rejeitam os novos horários e exigem a manutenção dos actuais e o reforço dos meios para a limpeza, além de avançarem para uma greve nos dias 13 e 14 de Junho, caso não haja um resposta positiva, por escrito, até 24 de Maio.
«A resposta não está na sobrecarga e desregulação dos horários e da vida dos trabalhadores, está sim no reforço da capacidade de resposta do serviço, munindo-o dos meios necessários para esse fim».
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