Almada

´Teremos de intervir a outro nível na Fonte da Telha’

O tema das obras na Fonte da Telha e a falta de cumprimento das regras de estacionamento foi abordado esta tarde na reunião pública da Câmara Municipal de Almada (transmitida pelo canal youtube da autarquia) pelas vereadoras Joana Mortágua (BE) e Amélia Pardal (CDU), em que o vice-presidente João Couvaneiro esteve na direção da reunião.

A vereadora bloquista questionou o executivo acerca dos moldes legais na intervenção na Fonte da Telha, “se foram cumpridas as conformidades exigidas por lei e qual é o plano da Câmara Municipal para o território no futuro”.

Da parte da vereadora comunista, um dos assuntos ligados às obras foi a não entrega atempadamente dos documentos referentes à obra “o que nos levou já a apresentar a situação ao CADA -Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos”.

Em resposta o vereador Miguel Salvado (PSD) garantiu que os documentos “serão entregues”, mas relembrou que “durante a gestão da CDU nunca houve essa celeridade a entregar a documentação quando a mesma era solicitada pela oposição, mas agora exigem tanta celeridade para a receber”.

O vereador responsável pela rede viária explicou ainda que “apesar de todas as críticas, a população acarinha esta obra na Fonte da Telha, porque pelo menos o pó diminuiu bastante, e a obra tem cumprido a lei e as medidas do POCASE, além de ser fiscalizada pela CCDR e pela APA presencialmente e quase todos os dias, sendo que todas as informações que nos chegarem dessas entidades serão analisadas pelos nossos serviços.”

Manuel Salvado lamentou ainda que “este fim-de-semana verificámos novamente a falta de respeito dos utilizadores da praia, que simplesmente retiraram as baias de madeira, metiam a viatura pela ciclovia e iam depois estacionar em cima da duna.

Tenho várias fotos que vão seguir para as autoridades e que mostram que as pessoas não cumprem. Pedimos fiscalização da GNR, que esteve no terreno, mas temos problemas agravados, e os serviços estão a estudar os problemas porque vamos ter de intervir a outro nível, uma vez que as pessoas não respeitam as indicações, nem com toda a pedagogia nem com as questões legais.

Na estrada da NATO já foram pintadas linhas amarelas para regulamentar o estacionamento, mas se calhar a estrada terá de ser reaberta para alivar algum do trânsito vindo das praias.

A obra ainda não está terminada, e depois de serem colocadas todas as baias, dificilmente os condutores vão conseguir chegar às dunas, o nosso objectivo de sempre.

No entanto, do bar o Bambu, até à praia da Adiça, temos um constrangimento com terrenos do ICNF e este fim de semana foi o caos total.

Se há um incêndio será uma fatalidade, e isso leva-nos a ter de tomar uma medida naquele pedacinho de acesso, sobre a qual estamos a tratar com as várias entidades.”

As medidas podem ainda vir a ser mais ‘pesadas’ segundo Manuel Salvado, porque “a nossa preocupação tem sido a de regular e controlar a carga automóvel naquele local. Podemos ter de vir a fazer um controlo do número de carros que pode utilizar aquela zona a norte e a sul, e se essa for a única solução, iremos avançar para isso, porque ninguém pretende que aconteça ali uma desgraça.”

Por sua vez, João Couvaneiro considerou que “sobre este assunto têm vindo a ser feitos vários exercícios de ‘demagogia’, não digo neste órgão, mas a nível político, com um conjunto de argumentos que não fazem sentido, como dizerem que a estrada da Fonte da Telha está agora sobre duna primária, quando todos os anos esta recebia pó de cimento, pelo que me parece que ambientalmente o risco já lá estava e agora interessa qualificar aquela intervenção.”


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