Opinião

Suporte Básico de Vida: obrigatório para as novas gerações

O Suporte Básico de Vida (SBV) consiste num conjunto de manobras simples e eficazes que podem salvar uma vida, tanto crianças como adultos. Quanto mais precocemente se iniciar o SBV, maiores são as possibilidades de sobrevivência e de qualidade de vida da vítima.

Habitualmente atribui-se a responsabilidade do SBV aos profissionais de saúde, porém, qualquer pessoa devidamente formada pode, consegue e tem o dever cívico de executar manobras de reanimação e contribuir para salvar uma vida com estes pequenos gestos.

Todo o processo de SBV é uma cadeia de manobras e ações que podem variar consoante a situação e o material de socorro disponível. É importante ter o conhecimento dessa cadeia, e conseguir identificar bem a altura exata da intervenção, de forma salvar a pessoa com a melhor eficácia possível. Essa noção deve começar desde cedo, junto dos mais jovens.

Tendo a noção que a paragem súbita cardiorespiratória é uma das principais causas de morte no mundo, qualquer Nação deveria prevenir e agir na educação em prole de um conhecimento civil direcionado à saúde. Este pensamento iria manter ou subir a qualidade de vida da sociedade.

Em Portugal a taxa de sobrevivência da morte súbita por paragens cardiorespiratória é absurda de tão baixa que é! Falamos de 3%. E consegue ficar ainda pior se formos comprar com os restantes países da União Europeia, onde a média chega a valores entre os 20% a 30%. Desta forma, não há dúvidas de que é necessário agir.

Os Estados Unidos da América foram os primeiros a lecionar o SBV em escolas, desde 1963. Estamos efetivamente 60 anos atrás! Trata-se de uma medida que foi alcançando todos os países de uma forma coerente, mas infelizmente, 60 anos depois, ainda não chegou a Portugal.

O Ensino em Portugal tem alguma falhas, esta é uma delas. O Ensino não só forma pessoas academicamente, como tem também uma importante responsabilidade na formação civil das novas gerações. Ter um profissional de saúde anualmente nas escolas a capacitar e formar em Suporte Básico de Vida os novos cidadãos e os profissionais da comunidade educativa pode, efetivamente, ser uma estratégia transformadora e de alto impacto para salvar vidas. Seria um marco importante a atingir, com urgência, idealmente já em 2023.

Ricardo Santos, Vogal da Juventude Popular de Setúbal


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