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Sindicato diz que Sonae não pagou totalidade do subsídio de natal aos trabalhadores que estiveram em casa com os filhos

O CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serv. de Portugal – esteve hoje, dia 16 de abril, nas lojas Continente do Grupo Sonae para denunciar o não pagamento da totalidade do subsídio de natal de 2020 aos trabalhadores que estiveram de apoio aos seus filhos devido ao encerramento das escolas.

É exigido por parte do sindicato o o aumento do salário de todos os trabalhadores e a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas.

Leia aqui o comunicado:

O CESP no dia 16 de Abril, vai estar nas lojas Continente, do Grupo Sonae, para denunciar o não pagamento da totalidade do subsídio de natal de 2020 aos trabalhadores que estiveram de apoio aos seus filhos devido ao encerramento das escolas.

Exigimos o aumento do salário de todos os trabalhadores e a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas.

A SONAE decidiu não pagar o valor integral do subsídio de natal referente ao ano de 2020 aos trabalhadores que estiveram em assistência a filho nos meses de Março a Maio devido ao encerramento das escolas, decisão do Governo no âmbito das medidas de mitigação da pandemia da COVID-19. 

Decisão assumida pela empresa, extremamente injusta, tendo em conta que na sua grande maioria estes trabalhadores são mulheres que estiveram a prestar assistência a filho não por sua opção, mas sim porque as creches, jardins de infância, escolas e centros de actividades de tempos livres foram encerrados por decisão governamental para proteger a saúde de todos. Esta decisão não foi feita pelos trabalhadores, mas são eles que estão a ser penalizados, sofrendo discriminação por em estrito cumprimento das normas da DGS não abandonarem os seus filhos.

Tudo isto para acumular mais uns milhões, reduzindo a retribuição dos trabalhadores – não pagando o subsídio de natal por inteiro, colocando a “factura” da pandemia nos trabalhadores, imputando-lhes a culpa por serem mães e pais responsáveis que não abandonaram os seus filhos, não os deixando em casa sozinhos.

Mais, tendo em conta que nesta empresa as mulheres representam mais de 65% dos trabalhadores, trabalhadores com salários muito baixos, próximos ou iguais ao SMN, naturalmente que no agregado familiar por serem mulheres e pelo seu baixo rendimento foram essencialmente mulheres que ficaram em casa com os filhos, sofrendo diminuição de rendimentos, sendo duplamente penalizadas por esta decisão da SONAE.

Os últimos ditos aumentos salariais feitos de forma discriminatória, não repuseram o poder de compra mantendo assim os trabalhadores com baixos salários, em muitos casos em topo de carreira com salário igual ao salário mínimo nacional, falamos de trabalhadores com trinta anos de casa.


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